Carlos Nuno Castel-Branco
Este ano, celebrámos o 15º aniversário da fundação do Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE), formalmente criado a 19 de Setembro de 2007. A aventura do IESE havia começado em 2005, quando as ideias que lhe deram origem e ainda o guiam começaram a ser germinadas, e foi consagrada a 19 de Setembro de 2007, quando o IESE foi oficialmente constituído na sua Conferência Internacional constituinte.
Na abertura da Conferência constituinte, foi feita uma breve análise das comunicações apresentadas. É útil recordar alguns dos dados de então e compará-los com os de alguns eventos do IESE mais recentes, nomeadamente as publicações dos últimos dois anos e a vi
Conferência realizada em 2022. Tal como há quinze anos, a maioria dos investigadores e autores é jovem, com idades entre os 25 e os 35 anos, mas ao contrário da situação há 15 anos, há um grupo considerável de investigadores e autores mais velhos que permaneceu na investigação e publicação científicas ao longo dos anos, que debate e publica o seu trabalho, que orienta investigadores mais jovens e que serve de referência e de modelo a seguir. Há 15 anos, apenas 16% dos oradores da conferência eram mulheres (5% entre os moçambicanos e 40% entre os estrangeiros), mas tanto na VI Conferência como nos últimos dois números da série Desafios para Moçambique, incluindo a actual, mais de 40% dos investigadores, oradores e autores são mulheres. Numa edição especial recente da Review of African Political Economy (vol 49, número 171), dedicada a Moçambique, cinco dos oito autores são mulheres (2 em 4, se excluirmos os não moçambicanos). A diferença em relação a 2007 é muito significativa, mesmo que o caminho a percorrer, sobretudo no que diz respeito ao destaque da voz feminina e à variedade dos temas investigados, seja ainda longo.
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