Por: Venâncio Mondlane (VM7 - TheVoice)
É chegada a hora dos jovens Africanos despertarem do sono profundo e amaldiçoado em que se encontram. O consumo visual, material, psicólogo do que é passageiro e ilusório tornou-se o melhor e mais aliciante modelo de cultura moderna.
Sobre as nossas cabeças cavalgam, pisoteiam e cospem, mas a ilusão de manter o prazer da carne de porco, os txilares, matar as babalazes com um bom petisco com piri piri e limão, nos fazem desviar os olhos e a mente do nosso verdadeiro sentido de missão histórica.
Dançar, beber, comer, adulterar, orgasmos sob efeito alcoólico, grandes emoções da Premier league saboreando uma Lite, garantir um emprego "bom", assegurar as "boladas", ter sempre roupas de marca e seguir todos novos modelos de sapatilhas, celulares, Ipad, restaurantes, bares, lounges, belas praias, viagens para lugares cobiçados e ....e ... tudo isso ser postado na conta do FB, IT.... é o ponto mais elevado do Everest cultural da nossa Juventude actual.
Ao invés de sujeitos da nossa história, nos convertemos a simples objectos. Espantalhos e marionetes dançando instintiva e involuntariamente num palco alucinante movidos por cordéis de um manipulador por detrás de uma cortina escura. No fim do espetáculo somos conduzidos para uma guilhotina ou para uma roda gigante em que nosso corpo, membros e mente são triturados como se faz com o ferro velho de exportação ao Japão.
Jovens! Jovens! nossas cabeças são cavalgadas, nossos corpos pisoteados, nossas mentes aprisionadas em troca de um simples prazer muito básico e transitório. Nos colocam num ciclo interminável de ejaculações, mas logo a seguir nos roubam e esvaziam a alma. Perdemos o comboio da história e desperdiçamos a nobreza do que Deus plantou em nós catando o que resta do vómito dos que nos desgovernam.
Jovens Africanos! Acordem!