RESUMO
O mundo pós-Guerra Fria passa por intensas transformações estruturais, com o advento da globalização e aumento das transações internacionais, facilidade de comunicação e fluxos de pessoas, além dos avanços científicos e tecnológicos que formam um quadro de maior interdependência entre os países. Ao mesmo tempo, a desigualdade social no mundo contemporâneo aumenta, tornando cada vez mais visível o hiato entre os países ricos e os países pobres. A assimetria social e a interdependência permitem à comunidade internacional perceber os desafios globais com quais se deparam e reúne esforços para estabelecer compromissos comuns ao enfrentar tais problemas.
A pobreza mundial é o ponto central da discussão da cooperação para o desenvolvimento, configurando o primeiro objetivo da Agenda do Milênio. Este trabalho se concentra no problema da pobreza em Moçambique, país localizado na África Subsaariana, região de maior concentração da população pobre do mundo. A partir de instrumentos e modelos analíticos da Teoria dos Jogos e das motivações para a ação segundo Jon Elster, e ainda tomando como base os relatórios do Comitê de Ajuda ao Desenvolvimento e do Ministério de Relações Exteriores, serão analisados os esforços despendidos por dois países europeus, Holanda e Itália, para o alívio da pobreza em Moçambique, a fim de entender por que países – tendo como pressuposto a racionalidade dos atores – elaboram ações cooperativas distintas para contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população de países pobres, como Moçambique.
Leia aqui Download Motivacoes_para_a_Cooperacao_Internacional_Mocambique_2007