Foi no meio de muitos suspenses que o maior partido da oposição em Moçambique, RENAMO, decidiu em avançar com Clementina Bomba para o cargo de Secretária-Geral daquela formação politica. Clementina Bomba, nascida a 09 de Junho de 1965, e que actualmente ocupa as funções de delegada política provincial de Maputo e chefe adjunta da bancada parlamentar da RENAMO na Assembleia da República, tomou posse na noite da última segunda-feira (12) com o compromisso de servir melhor a todos os membros da RENAMO presentes e ausentes na IV Sessão ordinária do Conselho Nacional.
Entretanto, a escolha de Clementina Bomba, surge num contexto de avaliação contextual do presidente do partido RENAMO, Ossufo Momade, para que continue a ter o controlo com xadrez administrativo do partido, mas também pelo seu trabalho nas últimas eleições autárquicas em que a nível da cidade da Matola, a RENAMO teve um desempenhou político jamais visto na zona, antevendo-se que com possível coligação nas próximas eleições, a situação possa vir a ser favorável. Revelaram fontes internas à “Integrity”.
Por estas e outras razões que preferimos não avançar nesta edição, a pré-escolha do presidente Ossufo Momade, em Maria Angelina Dique Enoque, acabou caindo por terra, ou seja, efectivou-se trazer um membro que não esteja no actual “xadrez directivo” para que não haja descontinuidade nos pormenores de liderança interna. Um outro factor que ditou para a não confirmação de Maria Angelina, segundo as fontes é por uma certa falta de carisma político desta, pois embora, já tenha ocupado altas funções a nível daquela formação política.
Entretanto, de acordo com fontes internas, as remodelações na RENAMO irão continuar, mas a ideia passa por não dar vazão as respectivas mudanças com uma certa crise de liderança, denunciada há dois dias por Sandura Ambrósio, antigo deputado pela bancada parlamentar da RENAMO e actual membro do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) conforme se constatou nas últimas eleições gerais quando concorreu pela lista daquela formação política.
Sandura Ambrósio exigiu a demissão de Ossufo Momade, por este ter alegadamente “fragilizado aquela organização politica”. “Que haja uma moção para a realização de um congresso extraordinário para poder se eleger um outro presidente, para poder levar a máquina avante. Porque no próximo ano, 2023 temos autarquias. Em 2024 temos as eleições gerais. Mas com o Presidente Ossufo, a RENAMO como está não é possível”, defendeu Sandura Ambrósio.