A revelação segundo a qual, há um “barão da droga na AR” ostentando a capa de deputado, ainda está agitar as elites políticas em Moçambique, numa altura em que dados colhidos pela “Integrity” indicam que existem também antigos combatentes envolvidos no “milionário negócio” com tentáculos no Benin, onde parte das somas são canalizadas ilegalmente através de um reputado banco nacional.
Fontes fidedignas a nível do partido FRELIMO, revelaram á “Integrity” que a Assembleia da República (AR) vai criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mas cujo objectivo é distanciarem-se das acusações e começar uma longa caça às pessoas que trouxeram este escândalo para aquele espaço. Segundo explicaram a nossa reportagem, não existe nenhum interesse concreto dentro do partido FRELIMO para clarificar e entregar à justiça o deputado visado neste escândalo, devido a ala que pertence a nível da província da Zambézia.
As fontes garantiram que o esquema é complexo e que a fuga da informação poderá vir a ter contornos até a nível do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) por ter trazido ao público este dado, sem antes partilhar as lideranças superiores da instituição. As fontes confidenciaram que o grande objectivo é tornar este assunto em mais um caso, uma vez que existem membros de certas famílias mais poderosas do país envolvidas e com capacidades de usar “métodos mexicanos” para calar quem esteja interessado em seguir o assunto.