Por: Arlindo Chissale
Pela madrugada de um certo dia, julgo que era numa 4ª ou 5ª feira, despertei, liguei meus dados e comecei a baixar isto e aquilo, de amigos e em grupos. De repente, escuto um áudio muito intrigante e que já estava viralizado. Ela de um alguém, com sotaque do Sul de Moçambique, a entrevistar uma Senhora e no áudio, ele a chamava por Suzana. O contexto da conversa era mesmo o de ter escapado das mãos de insurgentes e estavam junto de estâncias militares em Nangade. – Quase isso!
Quando amanheceu, liguei para minhas fontes e numa terceira ligação, conseguiram triangular essa senhora que se chama por Suzana e consegui reconhecer a voz pois, era a mesma. Ela estava cheia de sustos e não me deu bolas, sobretudo, para falar a respeito de jornalismo ou entrevista, sei lá!
Enviei dados da dona Suzana para os americanos, com tradução e a tradução, não só dela mas tudo o que eu quisesse traduzir, me pagavam $100, convertido isso em meticais, batia acima de sete mil meticais. E só esta mola, servia para comprar um cabrito inteiro, um saco de arroz de 25 kg e ingredientes. Em seguida, convidar para que meus filhos convidassem cinco amigos cada um deles e simulassem fazer festa na aldeia. E isso incomodava bastante quem quisesse me investigar e investigar minha família, querendo saber, aonde é que eu apanhava dinheiro”. Na verdade, aquilo na verdade, era apanhar mesmo. A tradução da conversa que tinha menos de cinco minutos, precisou de menos de 500 palavras e a proposta veio logo a seguir: “faça o plano de viagem”. Os tipos, quando dissessem para fazer um plano de viagem, era preciso que eu pegasse um mapa de Moçambique e com precisão nas províncias de Cabo Delgado e Nampula, mostrar a rota, possíveis locais para hospedagem, dias para a rota e inclusive, preencher um formulário para esclarecer se nos locais aonde eu vou passar se há ou não há ciclone e outros impedimentos climatéricos. – Para mim, sei que minha terra natal é só Savana.
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