Por: Arlindo Chissale
Eu já tinha noções sobre o como se deslocavam e era curioso que parte destes, refugiavam-se em centros de refugiados, inclusive, orientavam seus familiares para irem se refugiar em centros de refugiados os quais, estavam ainda a ser criados.
Eu tive de formular uma ideia fixa de como entrar e manter-me em centros de refugiados, por várias horas, talvez dormir e sair no dia seguinte, sem deixar rastos de que eu era jornalista. Cacei mais um final de semana prolongado e fui para Silva Macua, me informar com minhas fontes. Com elas, quis e consegui saber aonde é que era um Centro de acolhimento mais próximo e coincidiu que nesta mesma aldeia, a sensivelmente 5 quilómetros do Cruzamento e para quem vai para Macomia, já estava a se criar um Centro de Apoios humanitários. Lá fui e nunca me esquecia da fórmula de entrada e que, com certeza, deveria ser a mesma para eu sair daquele sítio. Primeiro, procurar pelo chefe do Centro. Geralmente é alguém que a própria sociedade lhe escolheu. E eu já tinha noções de necessidades genéricas de pessoa ou família que veio até àquele local, com estatuto de deslocado. Na altura, eu nem tinha noções e nem sabia diferenciar um deslocado de um refugiado.
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