Por: Arlindo Chissale
Estando eu de regresso de Cabo Delgado, para Nampula e concretamente em Nacala porto, sabia que a viagem duraria umas seis horas, de autocarro, mas, foi uma das viagens a qual não estive sossegado. Primeiro, porque não sabia ou vá lá, não tinha a certeza se aquelas fotografias contendo números de telefone celular de insurgentes estava já na memória do meu telefone e segundo, duvidava eu que alguém estivesse a me seguir. Por amor de Deus, fiquei muito instável e desconfiante, ao longo de toda a viagem. Era fácil que os meus vizinhos dos bancos ao longo da viagem notassem a minha aparência e insegurança. Para gerir aquele mau estar, eu simulei que estava com febres pois, tremia sem querer.
Quando cheguei em minha casa, coloquei o telefone a carregar e reinicializei-o. Assim que acordou, com carga de 1%, comecei a bisbilhotá-lo e liguei dados. Visualizei e confirmei que existia e coloquei em outros 3 sítios sendo, num dos meus Googledrivers, num dos meus Hard Disk Driver de 1 Tb e reenviei para um dos meus amigos e conselheiro confidente. Este último, merece homenagem. É o cara que vai detonar, repito, detonar tudo aos ares, em casos de meu desaparecimento físico. Ele concordou com meus termos de referência, faz anos e está a conseguir assegurar a barra e monitora a minha vida, de forma remota. – É só esperar, para ver! E não se preocupem, nem vive em Moçambique aliás, nem é Moçambicano, mas, comunico com regularidade, na língua dele.
Naquela altura, eu já estava a mudar de emprego, saído do instituto de Comunicação Social (Rádio Comunitária) para o Município de Nacala, fazendo mobilidade de Quadro e ostentando cargo de chefia.
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