Ainda, na fase embrionária, quando se ouvia por alto, algo relativo ao aumento salarial, todo o funcionário da função pública e não só, começou a emagrecer, pela espera desse milagre chegar.
Muitos diziam: era sem tempo!
Quando, afinal, esse dia aproximava-se, apesar de incertezas, uma contagiante euforia, apagou na memória das pessoas, as incompreensões das portagens, o estado das rodovias nacionais, as limitações da envergadura das organizações da sociedade civil e ONGs, das dívidas não declaradas, dos luxuosos carrões ofertados aos chefões da FRELIMO, do imbróglio envolvendo Manuel Chang, dos raptos, dos esquadrões de morte dos atropelos às liberdades fundamentais das pessoas entre outras coisas que tiram sono a qualquer um, neste país.
Tudo para dizer que o dinheiro vai levar-nos, directo, ao inferno!
Volvido um ano após o anúncio, seguido de sucessivos adiamentos à sua implementação, mesmo depois de várias passagens pela chamada casa do povo, onde aplaudem pronunciamentos da desgraça do povo que dizem defender, eis que a diaba ainda continua a gerar AVCs e outras prováveis patologias que não são do nosso domínio, cá fora!
Mas era de esperar o (in)sucesso deste, que viria a ser o virar da página na história de um país onde o salário mínimo é o mais baixo na África subsaariana. Um governo que está repleto de puxa sacos lambe botas, como é que não vai acreditar que está num bom caminho se houve, todos os dias, principalmente àquele que o gere, de ser: visionário, calculista, indelével, altruísta, materialista, extraordinário entre tantos outros atributos e adjectivos difíceis de atribuir a um ser humano e, muito menos, a este.
Como é que, a meio de tanta mediocridade, ainda sobre alguém atribuindo capacidades tão fortes e não se sentir envergonhado, apesar de, mesmo assim, gozar de aplausos de seus sequazes?
Perante tamanha atrocidade só um tolo vai se gabar de ser o que os outros fingem que ele é? Mas no meio a todo este emanado de incongruências, a pergunta que não quer calar é: _de onde virá o dinheiro se desde sempre as coisas não andam por falta de fundos? pelo menos essa tem sido a tecla habitual que nos querem entender!
A estrada nacional EN1, o veículo da cimentação da tão propalada UNIDADE NACIONAL (estas lexemas repetem-se milhares de vezes nos planos quinquenais dos governos tanto central como provinciais) clama, há muito, por uma intervenção de raiz. Ela está a ruir à olhos nus enquanto destrói bens materiais e humanos e a sua reposição debate-se com falta de fundos.
A guerra que está a dilacerar vidas em Cabo Delgado precisa de fundos para equipar, alimentar o homem que enfrenta tal revolta para a sua moralização e não perturbar o já perturbado povo que hoje vive sem tecto e sem mantimentos.
E este milagre de onde viria? Da continuada mão estendida dos que se propõe ajudar-nos? Também do salário precisamos de ajuda externa? Vamos…
Porque o país pouco produz para a tal reviravolta que se pretende! Isso chama-se INCOMPETÊNCIA!
Na melhor das hipóteses, quando se pretende criar um mistério para agradar e somar pontos de quem se quer conquistar, a coisa funda-se em silêncio com todos os arquitetos empenhados na concretização da surpresa, até quando há certeza que se está num bom caminho. Agora, quando se vaticina tirar fora uma coisa ainda embrionária, deixando os surpreendidos babados e pior, dar para depois a coisa não dar certo, NÃO DA, ISSO É MAU!
Pior ainda é submeter um projecto cheio de mazelas e incertezas à casa do povo, sabendo-se, de antemão, o que se pode lá esperar, só para lavar às mãos, isso é ainda mais crítico!
Ainda bem que os moçambicanos são o que são, obedecem o comando certo, não importa o tipo! Seja ruim ou bom, silêncio…
Urge a necessidade de aprimorar a prática nas acções! Se a ideia era de elevar a popularidade da já ruída imagem do vosso governo, inventem outra pois a TSU, é um projecto sem pernas para andar.
A PRÁTICA É O MELHOR CRITÉRIO DA VERDADE!
E agora, à quanto vamos com a diaba!