A província de Manica apresenta o maior orçamento para as eleições autárquicas deste ano. É três vezes maior que o orçamento de Gaza, Nampula e Cabo Delgado; quatro vezes maior que o de Maputo e cinco vezes maior que o de Inhambane. Ninguém sabe explicar quais são as razões.
É também duas vezes maior que o orçamento da Comissão Nacional de Eleições a nível central (47.5 milhões de meticais). Uma fonte da Comissão Nacional de Eleições suspeita que o Governo provincial pode ter dado um valor adicional sob o argumento de que Manica é a única província do país em que os órgãos de administração eleitoral, a todos os níveis, funcionam ininterruptamente todos os anos. Nas restantes províncias estes órgãos apenas funcionam durante os períodos eleitorais. É apenas uma possível explicação porque mesmo os membros da CNE não percebem quais são as razões.
O orçamento de Manica supera de longe as províncias mais populosas, nomeadamente Nampula (6.3 milhões de habitantes), Zambézia (5.7 milhões), Tete (2.9 milhões), Cabo Delgado (2.5 milhões), Sofala (2.5 milhões), Maputo Província (2.3 milhões) e as mais extensas de Moçambique: Niassa, Zambézia, Tete, Cabo Delgado, Nampula, Gaza, Inhambane, Sofala. Manica é a 9ª mais extensa e a 7ª mais populosa de Moçambique.
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