Os escândalos na secreta moçambicana parecem não terem fim. Numa altura que se esperava que depois do julgamento e condenação de altos quadros da secreta moçambicana envolvidos no melindroso caso das dívidas ocultas. A situação interna viesse amainar, eis que mais um escândalo foi descoberto. Mais de 180 milhões de meticais (estimados em 2.819.990,60 USD, no câmbio actual de 63,83) facultados pelo Ministério da Economia e Finanças (MEF) para a então liderança do SISE sumiram "sem deixar rastos e os quadros da instituição sem se beneficiar da famosa Tabela Salarial Única (TSU) ".
No centro do furacão esta o ex-director-geral, proveniente das fileiras da Polícia da República de Moçambique (PRM), o General condecorado, Júlio Jane, afastado em Maio do ano passado das funções de DG da secreta. O visado que chegou a ser ouvido há dias pela Procuradoria-Geral da República (PGR), não tendo revelado qualquer informação relacionada com o sumiço da avultada soma.
De acordo com fontes internas, devido a situação, uma onda descontentamento instalou-se na Instituição que vela pela segurança do Estado, principalmente para os agentes operativos que não viram a TSU a “massagear a sua conta”. Devido a situação, as fontes revelaram que a actual liderança da secreta teve que retirar da posse de Jane, as viaturas que estavam na sua posse e elementos da sua segurança particular, e instalado uma auditoria interna para aferir outros desmandos que possam ter acontecido no mandato de Júlio Jane.
De referir que no ano passado, através de um despacho presidencial com o número 82/2022, de 14 de Outubro, o PR Filipe Nyusi autorizou que o General Henriques Lagos Lidimo tivesse o pagamento de retroactivos de 14 anos, um acto que ninguém entendeu. Lidimo que em Janeiro de 2017 ascendeu à Director-geral da secreta moçambicana até a sua substituição por Júlio Jane, agora figura central neste escândalo que já esta agitar à casa da informação e segurança do Estado. (Omardine Omar)