A informação consta num comunicado divulgado ontem em diferentes plataformas digitais pelos membros do grupo terrorista. No documento escrito em árabe e posteriormente traduzido pela "Integrity", os terroristas do Estado Islâmico (EI) escrevem que "os soldados do califado emboscaram uma patrulha do exército moçambicano, na estrada entre as aldeias de Litamanda e Miangweliua na última terça-feira, quando detonaram um engenho explosivo e alvejaram com uma máquina metralhadora e granadas lançadas por foguetes, que causaram a destruição de veículo e o ferimento dos ocupantes (…)."
Entretanto, a nota reivindicativa do grupo terrorista não menciona sobre o número de mortes ou feridos, centrando-se apenas em referenciar sobre a explosão de um veículo usando engenhos explosivos. De referir que estas afirmações surgem numa altura em que informações colhidas junto de fontes militares, indicam no decorrer da “Operação Vulcão IV”, as Forças do Povo abateram um dos líderes do grupo terrorista, conhecido por Abu Fadila, na operação mais de 10 terroristas foram colocados fora de combate e na ocasião, o Exército moçambicano, da SAMIM e do Ruanda recuperaram vários armamentos e material militar que estava na posse dos terroristas.
No entanto, durante a operação quatro militares ficaram feridos, numa semana em que os terroristas publicaram vídeos e fotos de soldados mortos numa posição militar e incendiando as trincheiras das FADM. Salientar que os ataques terroristas em Cabo Delgado já perduram há cinco anos e três meses, tendo neste período se registado mais de 4000 mil mortes segundo organizações que acompanham o conflito, mais de um milhão de deslocados internos e migração dos terroristas para as províncias de Niassa e Nampula, para além de já terem realizado ataques em mais de 15 distritos da província de Cabo Delgado. (Omardine Omar)