Abstrato
2. Eduardo do Couto Lupi foi o primeiro português a recolher dados sobre a história, «costumes e tradições» de Angoche, e a trazer as tradições orais Shirazi locais ao público em 1905. Ele afirmou que os angoquianos, como descendentes dos árabes e Os persas Shirazi, eram de « estirpe estrangeira » em oposição aos africanos do interior. Já Pedro Massano de Amorim, que comandou a conquista militar da região entre 1906 e 1910, referiu-se aos angoquianos como «os macuas amonhezados do litoral», significando os Makwa muçulmanos da costa sublinhando a sua semelhança cultural, exceto quanto ao Islã. A única
pesquisa linguística feita sobre o Ekoti, língua dos angoche, foi concluída recentemente por Thilo Schadeberg e Francisco Mucanheia. Entre os historiadores, Mello Machado, Hafkin, Mbwiliza, Capela e Medeiros, Alpers e os Isaacman referem-se aos angoquianos como suaíli, enquanto Newitt não. Angoche não é mostrado como parte integrante do mundo suaíli nem no livro de Derek Nurse e Thomas Spears nem no livro de John Middleton sobre o suaíli.