É com muita dor, consternação e indignação que Sua Excelência Presidente Ossufo Momade e o Partido RENAMO acompanharam o assassinato bárbaro do Membro e Quadro Rafael Miguel Dikson, no dia 30 de Janeiro do ano em curso.
O malogrado era desmobilizado com patente de Coronel, no âmbito do Processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração que ainda está a decorrer e até a sua morte desempenhava a função de Delegado Político da Localidade de Nkondedzi, Posto Administrativo de Zóbuè, no Distrito de Moatize, na província de Tete.
Segundo informações em nosso poder, nesse dia, cerca das 12 horas, o malogrado, fazendo -se transportar na sua motorizada, foi imobilizado por uma viatura de marca Mahindra, cor branca que transportava três indivíduos mascarados e trajados com fardamento da Força de Intervenção Rápida.
De seguida agrediram-no violentamente, levaram a força para o interior da viatura e seguiram em direcção a província de Manica.
Chegados numa zona entre os distritos de Changará e Guro, na localidade de Bunga, povoado de Nhapungo, à 15 metros da EN7, assassinaram e carbonizaram o seu corpo com três pneus.
Em face deste crime hediondo, a nossa Delegação Política Provincial remeteu queixas junto do Posto Policial da localidade de Nkondedzi, Posto Policial de Zóbuè e Comando Provincial da PRM de Tete que até o presente momento não se pronunciaram para esclarecer o caso.
Pelo modus operandi há evidências de que se trata de mais um crime dos Esquadrões da morte que estão institucionalizados no país pelo Regime do Dia com o objectivo de silenciar os membros da RENAMO e os cidadãos em geral que pensam de forma diferente.
Este assassinato bárbaro representa um duro golpe ao Processo do DDR e ao esforço colectivo de constituir uma paz efectiva e uma verdadeira reconciliação nacional.
Com esta prática criminosa os nossos desmobilizados e combatentes estão gravemente afectados e desconfiados sobre a vontade genuína de prosseguir com o Processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração.
Violência gera violência, porém, nós a RENAMO não temos nenhuma Agenda de retaliação, o que não significa não termos capacidade para o fazer, porque se assim for Moçambique mergulhará em mais um caos.
Mais uma vez instámos ao Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança para ordenar a cessação imediata destes actos criminosos perpetrados por Agentes do Estado que deviam garantir a segurança dos cidadãos.
Exigimos das autoridades competentes um rápido esclarecimento deste crime e responsabilização dos seus autores.
Apelamos a Sociedade moçambicana e a Comunidade Internacional para sem reservas condenar a manutenção no país dos Esquadrões da morte que representam uma forte ameaça a convivência plural. (Comunicado de Imprensa)