ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
A China pediu um cessar-fogo na guerra da Ucrânia, o Documento de posição 'altamente' esperado foi divulgado na Sexta-feira dia [24] de Fevereiro, pelo Ministério das Relações Exteriores em Pequim, também exige um reatamento imediato das negociações entre a Rússia e a Ucrânia. “O diálogo e as negociações são a única solução viável para a crise da Ucrânia”. Diz o Documento chinês.
“Conflito e guerra não servem a ninguém, todas as partes devem permanecer racionais e exercer cometimento e evitar a propagação das chamas e evitar que a crise se deteriore ainda mais ou até mesmo que fique fora de controle. Esse, é o medo que todos nós temos e logicamente a China, também tem esse medo.
A China, também exige, que os princípios das Nações Unidas sejam rigorosamente seguidos; a soberania, independência e integridade territorial de todos os países deve ser efectivamente mantida.
Diz, o primeiro ponto do Documento que, “os observadores muitas vezes se referem as fronteiras originais da Ucrânia, ao mesmo tempo, no entanto, também exige, que os interesses legítimos de segurança de todos os países sejam levados a sério”. Por trás dessa formulação os diplomatas vêm uma clara referência ao argumento da Rússia, de que, ela precisa defender- se contra os Estados Unidos [EU] e a NATO.
E…é justamente isso que nós sempre defendemos que logicamente o território de cada país deve ser aceito, mas ao mesmo tempo agente, também deve observar o que aconteceu no passado para hoje em dia nós estarmos nesse conflito. E, tem a ver, também com a segurança de todos os países e a Rússia, se viu sob “alta pressão”, e…isso todos vocês já sabem, já comentamos várias vezes aqui neste lugar.
A China, também pede no Documento uma redução dos riscos estratégicos de guerra. “As armas nucleares nunca devem ser utilizadas e as guerras nucleares não devem ser utilizadas em combate”. O Documento, diz também, “que ameaça do uso das armas nucleares deve ser rejeitada”.
O Documento se intitula; a posição da China sobre uma solução política para a crise na Ucrânia. Desde o iniciou da invasão russa da Ucrânia, há [1] ano, a China sempre apoio o Presidente Russo Vládimir Putin, descrevendo os EU e a NATO como os 'verdadeiros' perpetradores da crise. Lembrando, que desde a reunificação da Alemanha, que aconteceu através do Presidente soviético na época o Mikhail Gorbachev, que foi uma das clausulas importantes nesse «Contracto», foi a não 'extensão' da NATO para o lado da Rússia.
E, que agente, também tem que ser bastante realista, dizer que, logo depois, anos depois a 'extensão' aconteceu em grande parte. Isso, também vocês todos já sabem porque já se comentou várias vezes sobre isso. Na verdade, nisso tudo, agente tem que ver e também ser sincero, que nesse conflito não existe apenas um culpado.
Disse, um dia o Mikhail Gorbachev: “um país após outro foi admitido na NATO até a fronteira russa ao contrário de todos os Acordos. O Plano de colocar mísseis nucleares contra Moscovo na fronteira russa-ucraniana foi outra provocação deliberada”.
Por isso, agente sempre tem que ver, que ambas as partes que têm uma certa culpa nisso tudo e…é sempre muito fácil dizer que… esse é o culpado, mas… agente sempre tem que ver também a história, porque a história, o que acontece hoje em dia, se agente volta há um século atrás ou até mais, agente pode ver sempre de novo umas certas coisas que podem ser comparadas.
Tudo isso, está muitas vezes se repetindo de uma forma ou de outra.
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, aos [26] de Fevereiro, 20[23]