A Galp pretende vender a sua participação no projecto de gás natural Coral Sul, em Moçambique. Para tal, a petrolífera contratou o Bank of America, que esteve já envolvido na alienação das posições da empresa em projectos em Angola, para encontrar compradores.
A informação avançada pelo ‘Negócios’ dá conta que a Galp tem um plano para sair totalmente de África nos domínios de exploração e produção. Depois de Angola e Moçambique, a petrolífera nacional aponta também para sair de São Tomé e Príncipe e Namíbia.
Fontes ligadas ao sector contactadas pelo ‘Negócios’ destacam que o Coral Sul é um ativo que deve atrair muitos investidores, principalmente porque a guerra na Ucrânia aumentou o apetite pelo gás natural em vários países.
Recorde-se que a Galp chegou a acordo esta semana com a angolana Somoil para a venda de ativos ‘upstream’ em Angola por 830 milhões de dólares (777 milhões de euros), indicou a companhia, num comunicado hoje divulgado.
“A Galp assinou um acordo com a Somoil – Sociedade Petrolífera Angolana S.A. para a venda dos seus ativos ‘upstream’ em Angola”, lê-se na mesma nota, na qual a petrolífera detalhou que o valor da operação deverá rondar os 830 milhões de dólares, incluindo 655 milhões de dólares (613 milhões de euros) até à conclusão e mais 175 milhões de dólares (163,8 milhões de euros) em pagamentos contingentes em 2024 e 2025, dependentes do preço do Brent”.