RESUMO
Neste artigo busco apresentar o debate antropológico sobre o lobolo e, a partir da análise de dados etnográficos sobre umas das cerimônias que acompanhei em 2019, na província de Gaza, refletir sobre o caráter dinâmico, plural e sincrético da cerimônia. Motivado por diferentes experiências conjugais, o lobolo na região sul de Moçambique apresenta-se como uma cerimônia que afirma e valoriza espiritualidades, afetos, alianças e descendências. Sua realização aciona a mobilização e a presença de parentes e de toda a vizinhança. Em Moçambique, apesar dos processos de colonização e descolonização, o lobolo jamais deixou de ser praticado. Sua permanência histórica está atrelada a um processo contínuo de reinvenção.
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