A informação consta num relatório da missão do grupo parlamentar da UNITA à Moçambique, datado de 05 de Abril e assinado pelo respectivo chefe da delegação, o deputado Olívio Quilumbo, que trabalhou por alguns dias em Maputo, revela cenários tenebrosos que o cidadão angolano, que escolheu Maputo para pedir asilo, por supostamente estar a ser perseguido por membros da máfia angolana comandados através de altos quadros da nação, conforme foi tornado público pelo próprio algum tempo atrás, em programas audiovisuais angolanos.
Segundo consta no relatório da UNITA, o cidadão Gelson Emanuel Quintas, ou simplesmente, “Man Genas”, o seu estado de saúde e da sua família são débeis e carece de cuidados. Man Genas teme ser vítima de envenenamento alimentar; a esposa denunciou ter lhe sido negado a assistência médica há mais de um mês, mesmo estando em gestão e carecia de acompanhamento pré-natal.” Entretanto, devido à sua situação de saúde, a esposa de Man Genas acabou dando a luz a uma menina, ontem em Maputo, que prontamente foi atribuída ao nome de Esmeralda. Portanto, fontes presentes no local revelaram à “Integrity” que o tratamento que a mesma teve pela equipa que liderou o parto foi “extremamente desumano” e que o pior não aconteceu porque o “dia e o lugar ainda não chegaram”.
No relatório a UNITA revela que foi impedida pelas autoridades de migração e do Ministério do Interior de ver e interagir presencialmente com “Man Genas” e a família, face a situação do cidadão angolano retido em Moçambique e que pede protecção das autoridades, o Partido do galo negro, recomenda que os Ministérios das Relações Exteriores, Interior e Saúde da Republica de Angola, em concertação com os Ministérios homólogos assegurem e garantam condições de asilo, segurança e assistência medica à família do cidadão Man Genas.
A UNITA exorta a PGR de Angola, a investigar as denúncias feitas por Man Genas e a Assembleia da República de Moçambique a garantir a protecção política, jurídico-legal e humanitária a referida família, assim como, as organizações nacionais de defesa dos direitos humanos e a Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos a intervir no caso, uma vez que a família de Man Genas, encontra-se numa situação gravemente preocupante.
No relatório a UNITA afirma que está determinada a lutar até ao fim em defesa da vida e da dignidade da pessoa humana, tendo instado às entidades competentes a observarem com rigor os princípios do Estado Democrático de Direito. (Omardine Omar)