Tal como foi a revolução dos cravos, no dia 25 de Abril de 1974, em Portugal que precipitou a libertação das colônias sob égide dos lusos. Eis que um Professor da disciplina de Português e afecto à Escola Secundária de Massinga, na Província de Inhambane decide elaborar uma avaliação trimestral contendo um texto do género literário crítico, com um conteúdo centrado no actual contexto que o País vive.
Entretanto, uma fotografia da avaliação viria a parar nas redes sociais, o que acabou tornando a escola num campo de concentração e local de uma reunião de emergência, como se de uma calamidade natural se tratasse.
Rapidamente as avaliações foram recolhidas e os professores retidos numa sala para uma reunião multissectorial, onde a educação e os conhecimentos dos professores estivessem no banco dos réus. No local, viaturas de todas as direcções do sector de educação distrital, provincial, sectores castrenses e governamentais lotaram a Escola Secundária de Massinga. Segundo fontes locais ouvidas pela “Integrity”, ontem a escola acordou com um aparato jamais visto, tendo inclusive as avaliações apreendidas como provas de uma tentativa de golpe de Estado e o delegado de disciplina colocado entre a espada e a parede.
Segundo dados colhidos pela “Integrity”, a elaboração da avaliação não envolveu o grupo de disciplina, muito menos, outros elementos da estrutura pedagógica da instituição, uma vez que o delegado de disciplina depois de receber a orientação de que as provas trimestrais seriam produzidas nas escolas pelos respectivos grupos de disciplina, imediatamente elaborou a avaliação sozinho e solicitou que os colegas elaborassem uma outra variante. Sucede que após ter as duas variantes em sua posse, o delegado de disciplina aprovou a avaliação por si elaborada, pois embora a mesma não tenha passado pelo sector pedagógico da escola.
O escândalo viria a rebater já na sala de aula quando todos os professores e alunos receberam as avaliações que viriam a viralizar nas redes sociais e levantado diversos debates. Entretanto, de acordo com fontes devidamente posicionadas, a avaliação foi anulada e recomendada a Direcção da escola a elaborar uma outra avaliação, enquanto isso, as provas feitas pelos alunos estão na posse das autoridades inspectivas e castrenses avaliando a tentativa de golpe de estado.
No entanto, os posicionamentos sobre o caso divergem, havendo aqueles que acham que as autoridades estão a violar os princípios da produção de conhecimento e outros que o texto ou a prova foi uma encomenda. Contudo, uma fonte da Instituição revelou a “Integrity” que o delegado de disciplina e autor da avaliação pediu desculpas, mas diz estar de consciência tranquila, uma vez que o texto em questão é um objecto de estudo nas matérias lecionadas ao longo do primeiro trimestre naquela unidade de ensino. (O. Omar)