De visita a Portugal, o Presidente brasileiro disse, este sábado, que quer voltar a África "para renegociar" e que "o Brasil não pode pagar em dinheiro a dívida que tem com os africanos" mas sim "em solidariedade, em fraternidade, em transferência de conhecimento, em transferência de ciência e tecnologia e na ajuda".
“Eu construí em Moçambique uma fábrica de remédios anti-retrovirais que eu nem sei se está funcionando (…)”, lamenta Lula da Silva
Em Lisboa, no final da 13ª cimeira luso-brasileira, durante o seu primeiro dia de visita a Portugal, Lula da Silva lembrou que o povo brasileiro também tem origens nos africanos que foram levados durante 350 anos para o Brasil. “Por isso eu tenho muita gratidão por África e visito muito aquele continente.”
“O Brasil não pode pagar em dinheiro a dívida que tem com os africanos. A gente tem de pagar em solidariedade, em fraternidade, em transferência de conhecimento, em transferência de ciência e tecnologia e na ajuda.
Eu construí em Moçambique uma fábrica de remédios anti-retrovirais que eu nem sei se está funcionando. Nós fizemos uma escola que já contava com 900 alunos em Moçambique e não sei se está a funcionar porque não fui mais a Moçambique”, declarou o Presidente do Brasil, Lula da Silva, este sábado, em Lisboa.
O chefe de Estado garantiu que quer “voltar a visitar a África para renegociar” e que “tudo isso passa por uma conversa com Portugal porque Portugal é o grande aliado nessa relação“.
Lula da Silva chegou na sexta-feira a Lisboa para uma visita oficial a Portugal, onde fica até 25 de Abril, dia em que se desloca a Espanha.