ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Forças do Apoio Rápido a [RSF] sua sigla original surgiu da milícia janjaweed, que foi 'acusada' de cometer alguns crimes de guerra e contra humanidade em Darfur uma região Oeste do Sudão. De acordo, com grupos de direitos humanos a RSF cometeu muitos crimes hediondos no iniciou dos anos 20[00], também ajudou o Omar El Bashir aquém o famigerado Tribunal Penal Internacional acusou de crimes de guerra e outros hediondos a reprimir uma rebelião durante sua presidência.
Na época as Forças Armadas do Sudão ostentavam uma forte Força Aérea e armamento pesado , mas careciam de 'mobilidade' para lutar com eficiência nas áreas rurais e nas partes áridas de Darfur foi então que passaram a usar cavalos , camelos e camiões [4]x[4] com armas montadas e também o janjaweed que mais tarde se tornou o RSF atacando rebeldes contra o Governo em aldeias e civis, simplesmente ajudaram a mudar o rumo da guerra em favor do então Presidente Omar El Bashir, deposto em 20[19] por Forças militares após mais de [30] no Comando do poder.
As tropas das Forças do apoio rápido, controlados pelo actual Vice-presidente vem principalmente do Oeste do Sudão perto do Darfur de áreas muito 'negligenciadas ' pelo Governo incluindo regiões no Leste perto do Mar Vermelho e ao longo da fronteira com o Sudão do Sul região essencial para o comércio internacional. Desde então, o Vice-presidente que é o Chefe da RSF 'construiu' uma Força poderosa que entreviu em conflitos no Iémen e na Líbia e também desenvolveu interesses económicos incluindo o controlo de algumas das minas de ouro no Sudão.
O próprio Vice-presidente, General Hemedt disse que, o golpe de 20[21] foi um erro e tentou se apresentar junto com suas Forças de apoio como estarem ao lado do povo e contra as 'elites' da Capital, Cartum, ou seja, daqueles que apoiam o Governo liderado pelo Presidente e os interessados pelo controle do país.
Embora, ele tenha algum apoio, outros acham difícil acreditar nessa mensagem devido ao 'histórico brutal' da Força paramilitar. Enquanto isso, o Presidente Burhan disse que o Exército só entregará totalmente o poder ao Governo eleito deixando de lado ainda mais os representantes civis que se esperam que façam parte de um acordo de partilha de poder, mas há suspeitas de que tanto os militares quanto seus apoiadores estão preocupados com o que pode acontecer com sua riqueza e influência se forem 'removidos' de suas posições de poder actual.
Por um, por outro lado, as Forças militares sudanesas recebem milhões e milhões de libras sudanesa em troca de obediência e cumprimento dos deveres orquestrados pelo Presidente e Vice-presidente, além disso, são os principais controladores do mercado regular do garimpo do ouro e outras explorações minerais que abastecem os principais mercados na Europa e na América.
De acordo com especialistas militares, o Vice-presidente Hemedt e suas Forças continuam buscando legitimidade política e regional e segundo relatos construíram uma frota de veículos blindados e adquiriram drones. O principal objectivo de Hemedt é sobreviver e receber um papel constitucional no país, sair da sombra como Vice-presidente para o lugar de 'destaque' inclusive contratou empresas enquanto tenta melhorar sua imagem e das Forças de Apoio no Sudão e em todo mundo na tentativa de “retirar” seu passado das acusações penais internacionais.
Qualquer influência externa ainda pode ser mais penosa inclusive o Reino-Unido, União Europeia e os Estados Unidos já assinalaram que estão observando a situação. O Secretario de Estado americano, observou que a luta entre as Forças do Governo e das tropas RSF ameaça segurança dos civis sudaneses e prejudica os esforços para restaurar a transição democrática do Sudão, o único caminho a seguir é voltar as negociações.
Repare, o termo que não foi utilizado pelos americanos no iniciou da guerra na Ucrânia para tentar diminuir as hostilidades russas e colocar ponto final na guerra e agora vem falar em negociações. Há temores de que os combates possam 'fragmentar' ainda mais o país e piorar as turbulências políticas e alastrar-se aos Estados vizinhos. Os diplomatas que desempenharam 'papel crucial' na tentativa de instalar um Governo civil estão tentando 'desesperadamente' encontrar uma maneira de fazer os dois Generais conversarem, por isso, o bloco regional concordou em enviar três Presidentes; do Quénia, Sudão do Sul e do Djibuti para Cartum, mas não está claro se eles podem fazer viajem, já que, nenhum avião está entrando ou saindo do país.
Estarei acompanhando o cenário no Sudão para novas análises.
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, aos [23] de Abril 20[23]