ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
O Embaixador, da Ucrânia no Reino Unido Vadym Prystaiko deu uma entrevista ao Jornal Daily Express (Londres) onde ele admitiu que as perdas ucranianas são horríveis. Bom, primeiro eu vou contextualizar a você[s] quem é o Vadym Prystaiko, depois vou fazer comentários a respeito dessa 'confissão'.
Vadym Prystaiko, têm [53], ele já foi Ministro dos Estrangeiros da Ucrânia, Embaixador da Ucrânia no Canadá, também já foi Cônsul na Austrália, Embaixador da Ucrânia na NATO e Vice-primeiro-ministro para relações com a União Europeia [UE]. Ele é casado têm [2] filhos, gosta de desporto e possui faixa preta em taekwondo.
Desafiador, o Embaixador ucraniano alerta a Putin “que… nós lutaremos até ao último de nós ou o último de vocês”. Ele foi bastante assertivo na entrevista e bastante confiante, mas o ponto que me interessa é esse que eu vou colocar agora para vocês e, eu vou deixar depois o link* da entrevista para quem quiser olhar está em inglês, mas depois vocês podem traduzir com o google.
Então, ele diz o seguinte: a determinação ucraniana de lutar em face das perdas crescentes ficou clara quando o Priystaiko foi questionado sobre quantos militares e civis da Ucrânia morreram na guerra. Visivelmente triste com pensamento ele diz; “tem sido nossa política desde o iniciou não discutir nossas perdas, quando a guerra acabar vamos reconhecer isso, acho que será um número horrível”.
Acredito, que seja uma das únicas oportunidades que nós temos de uma autoridade do Governo ucraniano se referir as perdas do seu país nessa guerra, ainda mais um homem como o Prystaiko, porque é um homem da superestrutura, foi embaixador na NATO, foi Embaixador no Canadá e ligações com a UE.
Ou seja, é uma pessoa que tem afinidade muito grande com o ocidente, acima de tudo, é uma pessoa que conhece o seu país, é uma pessoa que goza da 'confiança' do seu Governo e…enfim, deve ser uma pessoa muito bem informada. Portanto, é a primeira vez que uma pessoa nessa posição, nesse ranking do Governo ucraniano admite essas perdas, vou-lhes lembra que as perdas ucranianas são guardadas a sete chaves.
A imprensa imperialista [ocidental] sempre coloca as perdas ucranianas como menores, do que, as perdas russas nós, não acreditamos como analistas isso de forma alguma, porquê, pelo volume de fogo que os russos estão disponibilizando no campo de batalha, pelas tácticas ucranianas dá para ver e é perceptível que eles estão sofrendo grandes baixa, são tácticas que 'desprezam' as perdas essa é que é a realidade.
E, também agente vê umas coisas que vazam em redes sociais, que mostram alguns cemitérios têm sido ampliados, portanto, não dá para confiar em tudo nessa guerra. Mas, eu acredito que essa declaração [confissão] do Embaixador Vadym Prystaiko ela é 'a ponta do iceberg' [apenas área aparente], do que, deve aparecer daqui alguns meses ou quem sabe alguns anos, quem sabe quando essa guerra acabar.
Mas, o facto é que ela está sendo 'devastadora' para a sociedade ucraniana, não pode ser esquecido que mais de [8] de pessoas saíram da Ucrânia, fora a quantidade de refugiados internos, gente que fugiu das áreas de combate ou perdeu as suas casas. Falando da questão civil o país vive uma verdadeira tragédia humanitária.
A questão militar é bastante complicada. As perdas militares durante uma guerra o pessoal sempre consegue esconder, mas em virtude da 'devastação' que nós observamos no campo de batalha, principalmente batalha de Bakmut é um exemplo acabado disso, você deduz que as perdas ucranianas realmente são muito altas.
A verdade é que os russos usaram Bakmut para trair o exército ucraniano e deixaram aberto e os ucranianos foram colocando tropas e aquilo foi sendo “moído”. Não se entende qual é o propósito do Alto comando ucraniano nessa táctica que é praticamente suicida, se eles estão tentando ganhar tempo, espero que tenha a sua validade, porque, dizem que eles vão fazer uma [contra]ofensiva. Agora esse pessoal que sacrificou pode ter sido em função da Ucrânia tentar recuperar nesse meio tempo suas perdas humanas, através do treinamento e recrutamento e as perdas matérias, também através do fornecimento para o ocidente.
Mas… o facto é o seguinte; se daqui até ao meio do ano, até ao final do verão por meados de Setembro a Ucrânia não apresentar nenhuma vitória no campo de batalha vai ficar muito difícil continuar a ver apoio principalmente da Europa, os EU não da para dizer, mas da Europa vai ficar muito complicada. Por exemplo, a saída do Presidente Emmanuel Macron a China acompanhada da Von der Leyen, Presidente da EU é mais um 'indicativo' de que eles podem estar tentando uma mediação da China e eles só tentariam essa mediação, escolheram Pequim em vez de Washington por achar que é necessário apostar em dois cavalos, há já visto que o cavalo dos EU pode não vencer essa corrida na Ucrânia.
Manuel Bernardo Gondola
Planalto dos Makondes, [11] de Abril 20[23]
*n/b: http://velhogeneral.com.br/