Por Francisco Nota Moisés
Muitos incluindo os chefes do terror da Frelimo não compreendem porque é que eu tenho admitido fracassos e falhas nos acontecimentos da minha vida. No meu entender não há coisa mais nobre do que estar ciente de que, como o ditado latino diz, "errare humanum proprium est (errar é próprio do homem)." Reconhecer erros, fraquezas e fracassos constitui a base da força moral que permite que as pessoas evitem fazer as coisas da mesma maneira. E é isto que os chefes da Frelimo desde Mondlane passando por Samora Machel, Joaquim Chissano, Armando Guebuza e actualmente Felipe Nyusi não compreendem e temem, preferindo deturpar os factos dos acontecimentos. Preferem mentir e falar inconsciente e incoerentemente como papagaios graduados na escola de papagaices chamada Frelimo.
O mais trágico neste comportamento dos graduados da escola de papagaices conhecida como Frente de Liquidação de Moçambique é que eles cometem os mesmos erros e causam guerras que miseram e constituem um genocídio contra o povo moçambicano. Eles já travaram três guerras com a Renamo, a primeira que durou muito tempo durante o regime de Samora Machel e Joaquim Chissano e dois curtos confrontos durante o reinado de Armando Guebuza.
Agora os franceses que duma certa maneira estiveram por detrás das operações da Frelimo de arrancar terras aos naturais do norte do literal de Cabo Delgado, arrependem-se sem dizer "mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa" e sem bater o peito com a palma da mão direita.
Os bravos franceses explicam porque é que eles se encontram tramados e veem-se incapazes de regressar a Afungi em segurança e em boa consciência. Os bravos gauleses falam no seu relato sobre o que apurarem na sua pesquiza para ver se é possível ou se vale a pena regressar a Afungi. E no relatório dizem aquilo que a Frelimo tenta ocultar, preferindo salientar o Islamismo como sendo as causas da guerra do norte de Moçambique. Eles dizem que as causas são de longa data e elas incluem a exclusão do povo nortenho da sociedade, a falta de oportunidades, de educação, de empregos, o roubo dos recursos nortenhos como minerais e pedras preciosas para beneficiar os que estão no poder, a opressão dos naturais, e o trafico de drogas.
Os bravos franceses salientam que na medida em que as terras que a Frelimo arrancou ao povo para entregar à Total Energies não forem devolvidas aos donos, existirá sempre o perigo duma maior guerra.
Eles gostariam de ver aquelas terras devolvidas aos donos para permiti-los regressar aos seus espaços.
Os bravos franceses salientaram também a falta de respeito pelos direitos humanos da população. E falaram da existência duma militância islamista ou seja de tais barbudos do Allah. Obviamente a falta de respeito pelo Islão pelos frelimistas explica a existência do Barbudismo militante em nome do Allah na parte de certos indivíduos na região.
Eles, os bravos franceses, obviamente, gostariam de regressar a Cabo Delgado sem guerra. Como é que poderá haver um Cabo Delgado sem guerra? Eu não vejo como. Mas podemos todos estar certos de que isto não acontecerá na medida em que os rebeldes do norte derrotem os frelimistas e os seus aliados de Ruanda e da SADC que agora dizem não ter dinheiro para custear a sua presença em Moçambique e salientam que precisam de 5 (cinco) milhões de dólares para apoiarem as suas operações contra os combatente do norte.