A denúncia foi feita por um brigadista (entrevistador) do posto de recenseamento de Madendere, no posto administrativo de Chidenguele, no distrito de Manjacaze, em Gaza. Para a operacionalização da adulteração dos dados, o denunciante foi mandato ao STAE distrital para fazer a entrega do relatório semanal. Só que quando regressa ao seu posto, no dia seguinte, descobre que a máquina que usa já tinha mais de 200 eleitores acima do que tinha registado.
O brigadista conta que esta segunda-feira (29/05) recebeu uma chamada telefónica do director distrital do STAE de Manjacaze, Jonas Mathe, a orientá-lo para levar o relatório semanal do recenseamento de Madendere para ir entregar ao chefe Sitoe, em Manjacaze. No mesmo dia, foi entregar o relatório ao STAE distrital. No seu regresso, foi levado por uma viatura do STAE que é usada para o transporte dos agentes de educação cívica até a localidade de Betula. Foi-lhes comunicado que ia o director distrital do STAE buscá-los para Madendere.
“Fomos até Betula. Fomos ditos que o chefe Jonas (Mathe) viria buscar-nos. Ficamos muito tempo em Betula”, conta o brigadista. Acrescenta que só lhe foram deixar no seu posto de recenseamento (em Madender) às 3 horas de madrugada desta terça-feira (30/05).
Quando ele saiu para Manjacaze, tinha registado 673 eleitores. Ou seja, ainda não tinha fechado o caderno (fecha com 800 eleitores). Para o seu espanto, no regresso, quando liga as máquinas, repara nelas, percebe que já havia 900 registados, isto é, foram registados 227 eleitores clandestinos durante a sua ausência.
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