O CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, considerou, recentemente, ser prematuro retomar as operações para exploração de Gás Natural Liquefeito, em Cabo Delgado, devido a situação de insegurança que se vive na província.
O posicionamento de Patrick Pouyanné teria sido motivado pelas conclusões do relatório independente de avaliação da situação humanitária em Cabo Delgado que a própria petrolífera encomendou ao consultor Jean-Christophe Rufin.
De acordo com o Evidências, os resultados do estudo independente são mantidos em sigilo, mas foi apurado que o consultor reprovou a existência de condições humanitárias para a petrolífera retomar as actividades em terra na província de Cabo Delgado. Este resultado contradiz as afirmações do Governo segundo as quais já existem condições para o regresso da multinacional.
O jornal que citamos refere que Jean-Christophe Rufin entregou o relatório à TotalEnergies em finais de Fevereiro, mas as conclusões do estudo que devem ser partilhadas com os moçambicanos continuam “secretas”.
Entre as conclusões, há suspeita de desvio de fundos para ajuda humanitária na província de Cabo Delgado, o que também leva a TotalEnergies a relaxar o regresso a Moçambique.
A TotalEnergies anunciou a retirada de seu pessoal da península de Afungi, em Cabo Delgado, a 26 de Abril de 20221, um mês após o ataque a Palma. Para o levantamento da “Força Maior”, e a retoma das actividades no local do projecto Mozambique LNG, Pouyanné condicionou ao restabelecimento da segurança na região, a retoma do funcionamento dos serviços públicos e o retorno a uma vida normal para as populações da região.