Há poucas falhas mecânicas reais e a maior parte dos alegados problemas são causados, intencionalmente, pelos brigadistas para evitar a inscrição de membros dos partidos da oposição, segundo uma investigação do Boletim CIP Eleições.
Um especialista em Mobiles ID afirma que o nível de avarias reportado nestas eleições nunca ocorreu em país algum. E estranha que os problemas reportados pelos supervisores não sejam comunicados ao consórcio Lexton/Artes Gráficas que dispõe de técnicos para reparar as avarias, o que adensa a suspeita de manipulação do equipamento para fins políticos.
Por exemplo, houve, supostamente, grandes problemas para tirar fotografias e registar impressões digitais. As falhas na captura de imagens e de impressões acontecem, mas estão relacionadas com a qualidade da luz e com o possível brilho na pele da face do eleitor por estar oleosa. O mesmo acontece com impressões digitais quando os dedos estão húmidos ou com óleo. Mas quando a captura digital falha, os mobiles dispõem do sistema de captura manual. Os dois sistemas não podem falhar simultaneamente. Ou seja, em caso de falhas de captura automática, recomenda-se o recurso ao sistema manual. Ademais, os brigadistas foram orientados que em caso de falhas de captura de imagem devem recomendar o eleitor para passar um pano ou uma toalha na face, ou mesmo as mãos, como solução.
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