O grupo italiano de serviços energéticos, Saipem, afirmou esta quinta-feira (27), que estão a ser envidados esforços para reiniciar um projecto de Gás Natural Liquefeito (GNL) da Área 1, na bacia do Rovuma, no norte de Moçambique, liderado pela TotalEnergies. No entanto, o grupo absteve-se de dar um calendário preciso.
O projecto, que seria o primeiro desenvolvimento onshore de uma fábrica de GNL no País, foi suspenso em 2021 devido a questões de segurança.
Citado pela agência Reuters, o director executivo da Saipem, Alessandro Puliti, assegurou, em conferência telefónica, que visitou na semana passada, o local onde será instalada a grande fábrica de gás natural liquefeito (GNL), na península de Afungi, província de Cabo Delgado.
“Passei um dia em Afungi. As actividades de relocalização estão quase concluídas e todo o trabalho de sustentabilidade social que a joint-venture de Moçambique está a fazer é muito impressionante”, disse Puliti, referindo-se à transferência de uma aldeia para longe do local onde a fábrica será construída.
O CEO da Saipem afirmou ainda que a sua empresa está a trabalhar com os accionistas do projecto para chegar a acordo sobre os custos adicionais para o reinício do mesmo, que tem um valor de cerca de 3,9 mil milhões de dólares para o grupo.
“Não posso fazer uma estimativa, mas estamos a falar de custos adicionais relevantes sobre os quais estamos actualmente a negociar com os subcontratantes”, reiterou o responsável.
Em Fevereiro, a TotalEnergies mandatou Jean-Christophe Rufin, um perito em acção humanitária e direitos humanos, para realizar uma missão independente de avaliação da situação humanitária na província, antes de tomar uma decisão sobre o reinício das operações.
Entretanto, quanto aos seus resultados financeiros, a Saipem disse que teve um lucro líquido de 40 milhões de euros no primeiro semestre, depois de um prejuízo líquido de 130 milhões de euros no mesmo período do ano passado.