É um caso que está a deixar a sociedade incrédula e devastada com a tamanha barbaridade supostamente perpetrada por agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) afectos a 3ª esquadra na cidade de Maputo. Segundo apuramos, a vítima da PRM desta vez, foi um jovem bailarino e actor, artisticamente conhecido por “Cebolinha”, que após ser agredido por agentes da polícia entre os dias 20 e 21 de julho, acabou pretendendo a vida nas celas da PRM.
Fontes familiares explicaram que tudo começou na quinta-feira (20), quando o finado se dirigiu a um estabelecimento comercial, localizado no bairro da Malhangalene, no distrito municipal de Kampfumo, na Cidade de Maputo. Em causa estava uma cobrança de uma dívida estimada em 50 mil meticais, alegadamente a mando do seu pai, cuja proprietária do referido estabelecimento era a ex-namorada do finado.
Entretanto, o finado chegou ao estabelecimento comercial, como forma de pressionar a devedora, acabando levando duas garrafas, uma de vinho e outra de Gin, uma situação que levou a trabalhadora da visada a contactar telefonicamente a proprietária que no momento não se encontrava no estabelecimento, sobre a situação.
Diante das circunstâncias, a proprietária do Estabelecimento, acionou os agentes da PRM da 3ª esquadra, que para além de mediar o imbróglio financeiro que originou a tragédia, optou pela detenção e posterior tortura no interior das celas. Entretanto, num acto expressivamente desumano, os referidos agentes da PRM quando contactados pela família, simplesmente a trataram com desdém e horas depois dirigiram-se a residência da família, onde comunicaram o acto bárbaro e “atiraram para a mãe do finado, sete mil meticais para as cerimónias fúnebres”.
Entretanto, contactos feitos para aferir a versão das autoridades policiais juntou da 3ª esquadra, redundaram em fracasso, mas através de uma fonte policial a nível do Comando da PRM na Cidade de Maputo e da unidade hospitalar responsável pelo laudo médico, “Integrity” foi garantido que amanhã, as autoridades policiais darão uma explicação sobre o sucedido. Contudo, enquanto isso, a onda de repúdio e insatisfação cresce nas redes sociais, no bairro da Malhangalene e nas redondezas onde tudo começou. (Omardine Omar)