Moçambique exportou, entre Março do ano passado (2022) até finais do primeiro trimestre de 2023, mais de 100 mil toneladas de postes de eucalipto e seus derivados para o mercado europeu.
A cifra representa maior quantidade de carga manuseada desde a independência nacional, em 1975, tendo a província de Manica contribuído com mais de 85% do volume total de exportação do produto.
A governadora de Manica, Francisca Tomás, citada pela agência AIM, disse na última quinta-feira 13/07, sem revelar o valor arrecadado, que o mercado europeu continua a ser o principal destino do eucalipto e seus derivados.
“A nossa produção é grande parte exportada para a Europa. Sabemos que a província produz elevadas quantidades de eucalipto e outras espécies procuradas no mercado nacional e internacional. Isso nos encoraja a aumentarmos a nossa produção para satisfazer a demanda”, disse a governante.
Francisca Tomás falava na primeira reunião técnica da silvicultura em que participam técnicos das províncias centrais da Zambézia, Tete, e Sofala e da nortenha de Niassa.
A governadora orientou aos participantes para uma reflexão profunda sobre os maiores desafios de toda a cadeia de produção.
“A silvicultura contribuiu para o crescimento da nossa economia. Nesta reunião devemos fazer o delineamento de melhores estratégias que permitam o fortalecimento do sector nas suas variadas dimensões”, sublinhou.
A Governadora apelou aos operadores florestais e futuros investidores a instalarem uma unidade de processamento de produtos, principalmente o eucalipto. A ideia tem em vista gerar postos de trabalho, e não só.
“A cadeia de valor está semi aberta visto que a matéria não é totalmente processada na província. Esta situação cria desperdícios para a valorização da matéria-prima local, entrando na exportação de produtos inacabados”, referiu.
Actualmente, o sector da silvicultura na província de Manica conta com cerca de 3.214 postos de trabalho fixos e 2.324 sazonais.
A produção do eucalipto é feita em grande escala nos distritos de Manica, Sussundenga e Gondola. Para além de a produção ser absorvida localmente, também é vendida para a vizinha República do Zimbabwe e outros países da região Austral de África, bem como para os continentes asiático e europeu. (O. Económico)