ENTRELINHAS
Por Gento Roque Chaleca Jr.
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- Fernando Gil
Já não me lembro em que ano foi, um famoso gestor das alfândegas pediu que fosse ao seu gabinete de trabalho. Chegado ao seu gabinete pediu-me que o indicasse um blogue onde a opinião e os comentários são livres, sem formalidade e sem censura, discreto e que fosse um repositório de informação. Não tive dúvida, indiquei o blogue “Moçambique para Todos” do senhor Fernando Gil.
É um blogue independente em que Moçambique é realmente para todos, embora, na minha opinião, haja dois pontos que mereçam sua especial atenção, disse. O primeiro: não há nenhum sistema informático discreto de tal forma, que não se possa conhecer a localização e os dados do computador do utilizador; segundo: por ser livre, alguns bloguistas salafrários emitem comentários injuriosos que mancham o brio do próprio blogue.
Não sei se alguma vez “Moçambique para Todos” ganhou algum prémio (cá por mim, estas coisas de prémio virou moda e não passa de uma selecção natural, uma espécie de darwinismo que condeno em absoluto), a verdade é que tem sido uma referência incontornável e até mesmo uma receita para quem quer estar informado. O seu maior prémio é a gratificação que o autor encontra em trabalhos científicos (teses, monografias, ensaios, papers, etc.), das pessoas que fazem referência ao blogue.
O fluxo de visitantes de diferentes quadrantes do mundo revela quão importante é este espaço na informação do povo, pois é dos poucos que realmente informa sem desinformar. Mas vamos aos números, que não deixam de ser históricos: 8940016 desde Abril de 2004, num total de 29158 posts, 42382 comentários e 3912 newsletter diária (dados fornecidos pelo autor).
E tem mais: Fernando Gil é o ponto de encontro entre as pessoas, o elo de ligação entre “perdido e achados” e a voz dos que não a tem num sistema em que a imprensa é cada vez mais mutilada. Em 2013, Fernando Gil esteve na vanguarda dos direitos humanos, denunciando atrocidades das forças de defesa e segurança do Estado e da Renamo; defendeu e promoveu o turismo nacional, especialmente o da Ilha de Moçambique.
O “Moçambique para Todos” consolidou, no mesmo ano, mais uma vez o seu estatuto de espaço de debate para todos, uma espécie de Parlamento sem bancadas.
In O Autarca – Jornal Independente, Terça-feira – 31/12/13, Edição nº 2687
Em tempo: O MOÇAMBIQUE PARA TODOS continua como sempre foi: De todos, para e por todos. Grato então a "todos".
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE