Um cientista de dados do Zimbábue, Freeman Chari, e sua equipe na CredibleVote acabam de anunciar que, de acordo com os formulários v11 que receberam por meio de sua plataforma WhatsApp, os votos recebidos por Nelson Chamisa ultrapassaram o número anunciado pelo ZEC.
Faltando 502 seções eleitorais, os votos de Nelson Chamisa já ultrapassaram 1.967.343, que é o número oficial de votos anunciado pela ZEC.
Isso deixa claro que a ZEC não fez o possível no escrutínio dos números. Se fossem precisas, como é possível que mais de 500 mesas de voto não sejam contabilizadas?
A eleição foi desacreditada e condenada por missões de observadores da SADC, entre outros observadores.
O período pré-eleitoral foi caracterizado pela violência; muitos membros e apoiadores do CCC ficaram feridos, alguns foram presos e vários foram assassinados. O caso mais recente é o de Tinashe Chitsunge, que foi apedrejada até a morte em Harare.
Vários membros da oposição foram presos, incluindo dois candidatos: Honorable Grandmore Hakata, um membro do parlamento no círculo eleitoral de Glenview South, e a vereadora Alice Tsingano, que estava disputando na ala 5 do círculo eleitoral de Seke. Alice Tsingano continua presa preventivamente.
Durante a eleição, houve atraso e indisponibilidade de boletins de voto em muitos círculos eleitorais urbanos. Um líder do CCC, Takudzwa Ngadziore, disse: "Enquanto esperávamos pelo boletim de voto aqui em Harare, em Manicaland, eles também estavam esperando. A única diferença é o que lhes diziam: "Boletim de voto ririmunzira kubva kuHarare" (Os boletins de voto estão a caminho de Harare). Mbavha idzi! (Esses ladrões!)'
Acredita-se que isso tenha causado muita apatia dos eleitores em redutos da oposição.
Sem esquecer o popular FAZ – Forever Associates of Zimbabwe – este grupo sombrio disfarçado de ONG causou um sofrimento incalculável antes e durante a eleição.
Há muitos casos em que líderes da oposição e apoiadores que confrontaram funcionários desta organização de diferentes partes do país foram presos e receberam duras penas. A maioria dos presos ainda não teve seu dia perante o juiz.
Os membros da organização também se movimentavam pelas comunidades, aldeia por aldeia, indo de porta em porta e ameaçando os apoiadores do CCC de morte. Em alguns casos, eles estavam espancando apoiadores do CCC.
Na data da eleição, esse grupo sombrio montou mesas perto de cada seção eleitoral para registrar nomes de pessoas que vão às seções eleitorais. Muitos vídeos que circulam na internet mostram pessoas fazendo fila para ter seus nomes anotados antes de seguir para a seção eleitoral.
Embora o CCC e outros candidatos independentes tenham tentado dissolver essas mesas, em maior medida, as operações ajudaram o ZanuPF.
Observadores locais ZESN e ERC tiveram seus escritórios invadidos, equipamentos confiscados e trabalhadores presos pela polícia do Zimbábue durante a noite de 24 de agosto.