ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
O Continente africano já é colonizado desde a história antiga, ao longo da história o Norte de África foi colonizado pelos fenícios, gregos e romano, por exemplo, Cidades importante foram fundadas como Alexandria e Cartago, mas é a partir da idade Média quando tem iniciou da era das 'grandes navegações' que todo o Continente começa a ser explorado pelos europeus.
Hoje, vamos entender de forma resumida como foi o processo da ocupação europeu na África, a partir desse período e como os europeus acabaram dividindo o Continente africano entre si.
A ocupação europeia da África com iniciou das grandes navegações começa em 14[02] quando as Ilhas Canárias passam a ser 'disputadas' entre Espanha e Portugal. Já no Continente a primeira ocupação da África por europeus foi a conquista de Celta em 14[15] por Portugal.
Em 14[19] Portugal começa a ocupar as primeiras Ilhas do Arquipélago da Madeira que apesar de ser “considerado” um território europeu, geograficamente a Madeira pertence a África. Com a eminente tomada de Constantinopla pelos otomanos à procura por novas rotas comercias para as Índias foram intensificadas e isso levou os portugueses a buscar outra passagem contornando o Continente africano como consequência disso, a Costa Ocidental da África começa a ser explorada por Portugal, que passa a estabelecer várias feitorias [Entrepostos comerciais] no Continente a partir de 14[44] com a colonização da Ilha de Goreira. Em 14[79] as Ilhas Canárias passam a ser definitivamente posse da Coroa de Castela e, assim começa a participação espanhola na colonização africana que também passa a estabelecer vários Entrepostos comercias no Continente.
Em 14[82] os portugueses são os primeiros a chegar na região africana chamada de Costa do Ouro no Golfo da Guiné, essa região passaria a ser muito disputada por vários países por causa de seus recursos como ouro e escravos. Em 14[97] os portugueses chegam pela primeira vez no Oceano Indico, já em 14[99] começam a ocupar a Costa Oriental da África ao estabelecer uma Colónia em Malindi no actual Quénia.
Em 15[88] a Colónia de Goré passa para as mãos da República holandesa marcando assim a entrada holandesa na colonização africana. Em 16[24] a França começa a ocupar a Costa do actual Senegal estabelecendo Entrepostos comercias na região dando início ao processo de colonização francesa no Continente africano.
Em 16[49] a suécia estabelece na Costa do Ouro a pequena Colónia chamada de Cabo Curso no Golfo da Guiné, mas já em 16[58] essa Colónia é 'conquistada' pela Dinamarca encerrando a curta participação sueca na colonização africana e marcando o iniciou da participação dinamarquesa.
Em 16[61] Portugal cede aos ingleses o domínio de Tânger no Marrocos dando iniciou à colonização inglesa no Continente. Em 16[82] os Reinos de Brandemburgo-Prússia unidos nessa época, também estabelecem uma Colónia na Costa do Ouro africana que duraria até o ano de 17[21] quando a Colónia é vendida aos holandeses.
Em 17[78] os espanhóis começam a ocupar a Costa do Golfo da Guiné onde fundam uma Colónia. Em 18[06] os holandeses perdem a Colónia do Cabo para os Britânicos como consequência da guerra anglo-holandesa. Em 18[30] os franceses começam a ocupara a região Norte da actual Argélia no Norte da África.
Em 18[50] os assentamentos dinamarqueses na Costa do Ouro são vendidos ao Reino-Unido sendo incorporados a Costa do Ouro britânica, desta forma os dinamarqueses encerram a sua colonização na África. Em 18[69] começa a colonização da Itália na África, quando a Cidade costeira de Assab na Eritreia é comprada por uma Companhia comercial italiana.
Em 18[71] os holandeses vendem a sua Colónia na Costa do Ouro para os britânicos encerrando a sua participação na colonização africana. A partir dessa data devido ao desenvolvimento industrial as Colónias começam a se ‘expandir' avançando para o interior do Continente africano em busca de novas fontes de recursos naturais.
Em 18[82] os britânicos conseguem derrotar o exército egípcio e assumem o controlo do país. Em 18[84] começa a colonização alemã na África com estabelecimento dos Protetorados da África Ocidental alemã e do Sudoeste africano alemão.
Desde a década de 18[70] havia um “debate” sobre a partilha da região do Congo a última região do Continente africano a ser explorada pelos europeus. Então, em [15] de Novembro de 18[84] é organizada pelo Chanceler alemão Otto Von Bismarck, a Conferência de Berlim com a participação de [14] países imperialistas visando garantir o reconhecimento internacional das posses alemãs, a questão do Congo, estabelecer regras de navegação pelos rios africanos e a divisão do território africano entre os países imperialistas.
Nesse Tratado, Portugal apresentou um Projecto chamado de “Mapa cor de Rosa” com a intenção de ligar Angola a Moçambique e criando uma comunicação entre as duas Colónias, mas com a recusa dos ingleses retirou o Projecto.
Já para o Rei Leopold II da Bélgica o resultado foi excelente a região do Congo pela qual ele já vinha demonstrando um interesse há anos passou a ser sua propriedade particular alegando estabelecer uma organização filantrópica ele acabou conquistando a posse de quase [12,4] milhões de hectares se tornado proprietário de cerca de [30] milhões de pessoas e fundando o Estado Livre do Congo e por fim foram definidos os limites territoriais entre os [7] países que continuaram ocupando o Continente africano.
A Conferência de Berlim durou até [26] de Fevereiro de 18[85] e como 'resultado' dessa Conferência e da partilha dos territórios vários grupos étnicos foram 'separados' e tribos rivais foram unidas em uma mesma divisão política o quê levou a conflitos como guerras civis que persistem até hoje.
Ainda em 18[85] a Companhia alemã da África Oriental arrenda uma faixa costeira na região da Tanzânia depois de ter conseguido conter uma rebelião vende ao Governo alemão que estabelece um Protetorado chamado de África Oriental Alemã, também nesse ano os britânicos conseguem conter uma revolta no Sudão conquistando o domínio sobre essa região.
Em 18[95] os britânicos que nessa altura já dominavam boa parte do Sul e Nordeste da África, assim como territórios do lado Ocidental estabelecem o Protetorado da África Oriental o quê hoje é praticamente o Quénia. Em 19[08], depois de várias 'atrocidades' praticas por Leopold II durante a sua colonização do Estado Livre do Congo passou a existir uma 'pressão' por parte das nações europeias para que a Conferência de Berlim fosse revista. Todas as nações concordavam que o domínio do Rei deveria ser extinto o + rápido possível e assim o Estado Livre do Congo era 'anexado' pelo Parlamento belga.
Em 19[10] a África do Sul é o primeiro país a conquistar a sua independência, no ano seguinte a Itália ocupa a parte da Líbia onde estabelece uma Colónia. Até 19[14] todos os territórios da África foram colonizados por algum país europeu com 'excepção' da libéria que conseguiu a sua independência dos Estados Unidos em 18[47] se manteve independente até hoje e a Etiópia que apesar de sofrer uma tentativa de invasão italiana em 18[96] e da ocupação italiana temporária durante a segunda guerra ítalo-etíope em 19[36] e 19[41] expulsaram os italianos e se mantiveram independentes.
Em 19[15] durante a primeira guerra mundial o Sudoeste africano passa a ser administrado pela África do Sul e no ano seguinte as Colónias dos Camarões, alemãs e do Togo passam a ser controlados pelos britânicos e franceses. Já em 19[17] os alemães perdem África Oriental alemã para os britânicos encerrando assim a colonização alemã no Continente.
Em 19[22] o Reino-Unido encerra seu Protetorado sobre o Egipto, após a derrotada italiana na segunda guerra ítalo-etíope, em 19[41] a Itália perde o controlo da Eritreia que passa a ser controlado pelos britânicos.
Em 19[50] tem iniciou o processo conhecido como 'descolonização' da África quando os países africanos começam a conquistar as suas independências. Em 19[51] oito anos depois de ser liberado do domínio italiano durante a segunda guerra a Líbia conquista a sua independência; no ano seguinte 19[52] a Eritreia passa a ser administrada pelo Governo da Etiópia. Em 19[56] a França perde os territórios do Marrocos e da Tunísia quando esses países conquistam as suas independências e o Reino-Unido perde o território do Sudão.
No ano seguinte 19[57] Gana, também declara a independência do Reino-Unido. Em 19[60] a França reconhece a independência de todas as suas Colónias com excepção da Argélia, Comores e Djibutí. Nesse ano a Nigéria, também conquista a sua independência do Reino-Unido, o Congo conquista a sua independência da Bélgica, e a Somália conquista a sua independência da Itália encerrando a colonização italiana na África.
Ainda nesse ano, a somalilândia conquista a sua independência do Reino-Unido e se uni a antiga Somália italiana formando a República da Somália. Em 19[61] Tanganhica hoje a Tanzânia e Serra Leoa, também conquistam as suas independências do Reino-Unido e no na o seguinte o Uganda se torna independente. Também em 19[62] a Argélia finalmente conquista a sua independência da França e Burundi e Ruanda conquistam as suas independências encerrando a colonização belga no Continente africano.
Em 19[63] o Quénia conquista a independência do Reino-Unido, em 19[64] a Rodésia da Norte conquista a sua independência 'dando origem' a Zâmbia e Malawi. Em 19[65] a Rodésia do Sul, através da Declaração Unilateral de Independência e Gambia também se tornam independentes. Em 19[66] Botsuana e Lesotho, em 19[68] a Suazilândia e Maurícias também conquistam as suas independências. Também nesse ano a Guiné-Equatorial conquista a sua independência da Espanha.
Em 19[73] Guiné-Bissau, em 19[75] Angola, Moçambique, Cabo-Verde e São Tome e Príncipe conquistam independências de Portugal e a região do Saara Ocidental conquista a independência da Espanha encerrando o período colonial desses [2] países na África. As Ilhas Comores, também conquistam as suas independências da França nesse ano.
No ano seguinte as Ilhas Seychelles conquistam a sua independência do Reino-Unido colocando um fim na colonização britânica da África e em 19[77] a última Colónia francesa o Djibutí conquista a sua independência e, finalmente em 19[80] a Rodésia do Sul actual Zimbabwe conquista a sua independência encerrando assim por completo a colonização europeia na África.
Alguns desses países ainda possuem pequenos territórios como por exemplo a Ilha Reunião da França, as Ilhas Canárias e Celta da Espanha e o Arquipélago da Madeira Portugal. Mas, esses territórios integram esses países como regiões Autónomas e não + como Colónias.
E, foi dessa forma que aconteceu a colonização da África pelos europeus
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, aos [22] de Agosto, 20[23]