A informação consta num documento divulgado recentemente pelo Ministério da Economia e Finanças (MEF) intitulado “Estratégia de Médio Prazo para a Gestão da Dívida Pública (2023 – 2025), que revela que até 2014, a dívida externa do País situava-se em sete mil milhões de USD, entretanto, de 2014-2022, a dívida pública ascendeu até 14,4 mil milhões de USD, dos quais 10 mil milhões de USD são da dívida externa.
Neste leque, conforme consta no documento, “o Banco Mundial, principal parceiro do Governo no Projecto SUSTENTA (por sinal, a menina de olhos azuis do Governo de Moçambique), emprestou ao País um total de 726,6 milhões de USD de 2014 a 2022. Em seguida surge o Fundo Monetário Internacional (FMI), que concedeu um empréstimo de 566,9 milhões de USD, totalizando cerca de 1,2 mil milhões de USD.
Na senda dos países e organizações internacionais que concederam empréstimos ao País e fizeram o stock da dívida pública ascender aos 77% nos últimos oito anos, estão o Fundo Africano de Desenvolvimento (FAD) e a China, que calculo geral, emprestaram cerca de dois mil milhões de USD ao País.
Entretanto, conforme demonstrou-se desde 2017 a esta parte, o Projecto SUSTENTA, gerido pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER) através do Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS) anteriormente anexado ao Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER), no primeiro mandato do Presidente Nyusi, que através do seu “anjo Gabriel”, o Ministro Celso Correia, usaram nos últimos anos, o SUSTENTA como uma “grande ferramenta de desenvolvimento agrícola” no País, contudo, parece que aos poucos, toda “estória” que era contada aos moçambicanos nos últimos anos começa a desmoronar, com as auditorias do Tribunal Administrativo (TA), os relatórios de contas do MEF, estudos de diferentes ONG e a realidade dos agricultores ou supostos beneficiários no terreno. Quid Juris! (Omardine Omar)