Resumo
O presente artigo objetiva fazer um comparativo filosófico e histórico entre as teorias democráticas de Thomas Hobbes e Norberto Bobbio com o regime democrático de Moçambique e as tendências do voto do funcionário do estado e população geral. O artigo baseia-se nos conceitos de democracia, estado, medo e voto. Na obra intitulada Filosofia africana: das independências às liberdades, publicada em 2014, o filósofo moçambicano mostra a ideia de que não houve participação do povo na escolha do sistema político que ele achava melhor. A tese é de que foi a elite que escolheu por si só o sistema político e econômico do país. Ngoenha afirma que, no tempo colonial, a participação dos moçambicanos na realização dos grandes projetos para Moçambique era passiva. Mesmo na era da independência de Moçambique de 1974, essa participação manteve-se passiva. Ngoenha questiona o que estava em jogo nesses Estados e responde evocando o papel do sujeito na história na criação da democracia de Moçambique. A ideia da democracia em Moçambique foi criada com uma perspectiva diferente a do Thomas Hobbes e Norberto Bobbio. São estas e outras questões que o presente artigo pretende discutir.
Leia aqui Download A democracia fragmentada em Moçambique _ Celestino 2023