O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a segunda força política na oposição, anunciou a detenção de sete membros do partido, na Beira e em Chiure. São acusados de violar a lei eleitoral.
"Temos a anunciar a prisão dos nossos membros do partido, nos distritos de Chiure, em Cabo Delegado, e no distrito da Beira, em Sofala", denunciou Lutero Simango, presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), esta quarta-feira (27.09).
O político, que falava aos jornalistas na cidade da Beira, avançou que estão detidos naquela cidade dois membros seniores do seu partido, sendo os delegados políticos da província de Sofala e da cidade da Beira, por motivos ainda não claros, e cinco outros no distrito de Chiure, em Cabo Delegado, alegadamente "por terem colado material de campanha horas antes do início da campanha eleitoral".
"Nós condenamos o jeito em que a polícia está a agir, estamos perante uma polícia não republicana, mas sim partidária, que age sob comando do partido no poder, a FRELIMO. Lamentamos, mas não vamos recuar, não nos vão parar" afirmou Lutero Simango, acrescentando que a prisão dos seus quadros superiores tem como objetivo "fragilizar e desestabilizar o MDM".
"Apelamos ao bom senso a quem de direito, para intervir prontamente a esta situação. Ao Presidente da República, Filipe Nyusi, e à comunidade Internacional para que intervenham o mais breve possível nestes casos, porque estão a manchar a nossa democracia", acrescentou.
Contactada pela agência de notícias Lusa, a polícia, através do seu porta-voz provincial, Dercio Chacate, remeteu esclarecimentos sobre estas detenções de membros do MDM para quinta-feira, após a reunião de concertação do comando da PRM na Beira.
LUSA – 28.09.2023