Por Francisco Nota Moisés
O presidente do Conselho Islâmico de Moçambique anunciou [ontem], em Luanda, que a comissão internacional vai trabalhar na província de Cabo Delgado, realizando “diálogo com os insurgentes” para alcançar a paz na região. ... Vamos para Cabo Delgado e o Governo também está nos encorajando para ver se há alguma forma e um canal de diálogo com aqueles insurgentes, estamos a trabalhar neste sentido”, assegurou. INTEGRITY – 25.11.2023.
Sou um antigo veterano da luta contra os dirigentes tirânicos e terroristas da Frelimo de 1968. Os vagabundos da Renamo não procuraram ouvir de mim quando Joaquim Chissano, o barbudo-mor da Frelimo na sua derrota e no seu desespero para a sua própria existência e do seu regime terrorista da Frelimo, procurou através do Quénia estabelecer um contacto com a Renamo. Afonso Dhlakama, o vagabundo-mor da Renamo, diplomaticamente encurralado nas matas de Gorongosa e Marigué, não quis ouvir de mim quando conduzi o malogrado Bethuel Kiplagat do Ministério dos Negócios Estrangeiros para o interior do país que a Renamo ocupava para saber o que eu pensava sobre a decisão de Chissano para falar com ele para "trazer a paz."
Se ele me tivesse dito: "o miúdo, o que pensas sobre o que o barbudo quer que eu como bandido armado-mór faça com ele?" Eu lhe teria dito: "cautela com esse Chissano. Ele e um bandido armado que conheci em 1968. Batalhei contra ele e o gangue dele chefiado por Eduardo Mondlane, que apesar da propaganda que a Frelimo diz a seu favor, foi um agente dos portugueses e dos americanos. Nós os veteranos travamos uma valiosa luta contra a tirania mondlanista embora perdemos visto que nos dependíamos do uso da razão enquanto o inimigo mondlanista usava as suas armas com uma força bruta sem paralelos. Apesar da nossa derrota, nós os veteranos ganhamos moral e espiritualmente visto que os problemas que o matador Mondlane e os seus assassinos Chissano e Samora Machel tentaram abafar, não desapareceram com a nossa derrota. Reencarnaram-se na vossa luta armada -- na luta da Renamo."
Porque e que Afonso Dhlakama não tentou ouvir de mim? Ele era assim mesmo e não queria ouvir as opiniões doutras pessoas. Ele ja me tinha dito que "os meus generais não querem que eu negoceie com a Frelimo visto que dizem que não confiam na Frelimo." Ele não quis escutar os seus generais e comandantes e foi se deixar manipular pelos bueros, por Chissano, pelo malogrado presidente Moi do Quénia, por homens do Vaticano, por Mugabe e por outros que eram mais espertos do que ele, homens esses que não queriam que a Frelimo fosse conclusivamente derrotada pela Renamo.
Como resultado, foi manobrado e assinou acordos da rendição da Renamo com a Frelimo que agora reduziu a Renamo a nada. Onde Dhlakama entregou a vitória da Renamo à Frelimo, o bandido Ossufo Momade, altamente inculto com a única preocupação de manter a sua grande barriga, enterrou a Renamo simbolizada naquela cerimónia da entrega duma ak-47 que ele desmontou e entregou a Felipe Nyusi. Depois do fiasco das chamadas eleições autárquicas, o barrigudo Momade agora diz que vai levar a Frelimo para o Tribunal Penal Internacional para que invalide a fraude eleitoral do Nyusi.
Desde quando e que ele ouviu que o Tribunal Penal Internacional se preocupa das querelas sobre eleições roubadas?
Os valiosos militares rebeldes do norte que combatem o regime hediondo da Frelimo não se deixarão enganar com as manobras do religioso muçulmano que a Frelimo controla com uma marioneta com cordas por detrás dele. A Frelimo quer negociar por se ver batida e por ver os seus aliados da SADC batidos e a se retirarem em debanda. Mesmo o tal Paul Kagame do minúsculo Ruanda está encarando uma derrota na sua guerra com o Congo no leste do Congo para além de haver uma resistência armada no Ruanda que alegadamente ja ocupou 15 aldeias ruandesas perto da fronteira com a Tanzânia.
A derrota do regime da Frelimo se vislumbra no horizonte e os combatentes do Norte não devem se distrair com as manobras de desespero do tal Felipe Nyusi. Devem continuar com a sua luta até as suas últimas consequências. Não admitam serem enganados como a Renamo foi aldrabada.