Caro Patrick Pouyanné,
CEO da Total,
Numa altura em que a Europa anda a trabalhar na transição energética, não compreendemos a razão porque continua a insistir no investimento de 22 biliões de dólares em Palma, Cabo Delgado, norte de Moçambique.
Desde 5 de Outubro de 2017, há uma guerra civil em Cabo Delgado por razões comerciais os países Árabes, financiam o Estado Islâmico para não permitir que África produza petróleo ou gás natural, o gás natural que Moçambique vender o Qatar não vende.
A 21 de Março de 2021 um ataque em Palma levou a que a Total parasse o projecto devido a força maior, já há 5000 Moçambicanos mortos e quase um milhão de deslocados.
O Sr. Macron enviou a tropa do Ruanda para pacificar Cabo Delgado, depois do Wagner Group ter feito as malas. Moçambique não pagou a conta e o Sr. Putin que envia as AK 47 para o governo rentista cleptocrata dos neocolonialistas, também não lhe interessava que Moçambique produzisse gás natural, o gás natural que Moçambique produza a Rússia não irá vender.
A 11 de Outubro de 2023 ocorreram eleições para os Municípios em Moçambique, o povo foi votar em massa, mas os neocolonialistas tratam o povo Moçambicano como Indígenas, a lei do Indigenato foi abolida em 1963 mas o neocolonialista voltou a achar importante essa lei e não tem vergonha em declarar vitória em 64 municípios dos 65 que foram criados em Moçambique.
Uma fraude gigantesca nas eleições num dos países mais corruptos do mundo, onde o seu Presidente, o Padrinho Nyusi, um narcotraficante de heroína junto com a sua família, se nega covardemente a responder aos tribunais internacionais, refugiando-se na imunidade de Presidente.
É com esta gente da Frelimo, que vivem acantonados na cidade do colono lá no Maputo que a Total confia para fazer um investimento de 22 biliões de usd? Os bancos internacionais que financiam o projecto de Cabo Delgado vão colocar todo esse dinheiro sabendo que se trata de gente que não cumpre os seus compromissos? O caso das dívidas ocultas foi só de 2,2 mil milhões de dólares e os Frelimos conseguiram roubar tudo, o Ex ministro da Economia o Sr. Chang está em Nova York a ser julgado, agora são dez vezes mais, os bancos internacionais depois daquilo que aconteceu nas dívidas ocultas como vão colocar todo esse dinheiro em Moçambique?
Um país controlado por um ditador covarde cleptocrata, que vive de rendas e não se preocupa com o seu povo que vive na miséria e na sub nutrição?
E a União Europeia, como aceita aquecer as casas com o gás natural vindo de Moçambique? Sabendo que o povo moçambicano é tratado como indigena, a sua voz não é escutada, votam mas a contagem dos votos é toda aldrabada, o povo não sabe ler nem escrever, mas a sua vontade é expressa no voto com uma cruz e sabe perfeitamente que não quer mais esses cleptocratas da Frelimo, basta quase 50 anos de sofrimento.
Não Sr. Macron, não Sr. Pouyanné, não Sr. António Guterres, não Sr. Biden, não Sr. Marcelo, o projecto de Cabo Delgado da Total, na península de Afungi não pode retomar, os acordos entre a Renamo e a Frelimo foram assinados em 1992 depois de um milhão de mortos na guerra civil, nesses acordos ficou escrito e assinado que Moçambique passaria a ser um país democrático, não é possível que passado 30 anos a Frelimo queira continuar a impor a sua vontade, organizando eleições fraudulentas e onde o povo foi permanentemente ameaçado pelas AK 47.
A velha Chica sabia mas não dizia a razão de tanta pobreza e tanto sofrimento.
Che minino, não fala política, não fala política.
Pedro Mesquita