Um grupo de furtivos está a abater árvores nativas preciosas para a obtenção de madeira em cemitérios e locais sagrados, na localidade de Mulima, no distrito de Chemba, na província de Sofala.
A comunidade local cansada e alarmada com a situação, emitiu uma carta que à “Integrity” teve acesso de repúdio a atitude. Na carta que temos em nossa posse a comunidade escreve o seguinte: “No posto administrativo de Mulima, distrito de Chemba, nesse momento está decorrer corte de madeira no local sagrado, local que serve para sepultura dos nossos entequeridos e invocação dos espíritos caso haja necessidades, tais como: Pedido de Chuvas etc.”
Entretanto, os assinantes da carta revela que a comunidade do Posto Administrativo acima referido, não quer que isso aconteça mais, e apesar de um silêncio cúmplice por parte do governo local e tanto Distrital, os subscritores dizem que farão de tudo para que a situação pare.
Portanto, a população foi ameaçada com a força policial para aceitarem que a madeira do local seja explorada. “É um drama que está acontecer aqui. Pedimos a quem de direito, para intervir nessa situação”, explicaram na carta.
A “Integrity” ouviu Búfalo Augusto Jessinao, membro da sociedade civil na localidade de Mulima, Distrito de Chemba que disse que “é visível e alarmante o que está acontecer e os estragos estão sendo protagonizados por cidadãos chineses, cujo nome é de um indivíduo natural e conhecido localmente por Marino Denja.”
“Nesse momento, que estamos a conversar, as motosserras estão a roncar no cemitério e num local sagrado, onde recorremos para cultuar em pedido de chuva e outras benenses para a comunidade”, disse Búfalo para quem se a acção continuar adivinhas dias piores para a comunidade de Mulima, Distrito de Chemba, na província de Sofala.
No entanto, “Integrity” tentou ouvir a versão dos implicados no caso, mas debalde, entre as fontes que não aceitou falar à nossa reportagem está o sector de fiscalização florestal do distrito de Chemba que mesmo com tanta insistência não atendeu as nossas chamadas.
Contudo, “Integrity” sabe que em Chemba, na província de Sofala, nenhum operador florestal está credenciado para explorar madeira naquela região e o cidadão Marino Denja, sempre apresenta um documento no qual ele permitido, quando na verdade não. (
INTEGRITY – 18.11.2023