Pode parecer que daqui até Outubro de 2024 falta muito tempo. E em Outubro temos eleições presidenciais e legislativas. Urge, então, uma reflexão depois dos recentes e vergonhosos eventos. Com que garantias vamos a essas eleições ? Com o Bispo Matsinhe como líder da CNE? Com o STAE com Loló Correia? Com o Conselho Constitucional (CC) a pontapear a Lei de maneira desprezível só para garantir o tacho dos juízes conselheiros?
Nunca debatemos esta questão abertamente, mas está claro que Moçambique é governado por gangsters. O que a Frelimo fez nas recentes eleições autárquicas, com ajuda da CNE, STAE e CC, pode-se considerar uma declaração de guerra aos moçambicanos honestos e às instituições da República. Teremos agora na liderança de muitas autarquias indivíduos que não foram escolhidos pelo povo para ocuparem aquelas posições (talvez até seja um ensaio do que virá em 2024).
E os cidadãos moçambicanos, ofendidos por essa desavergonhada demonstração de desprezo pela democracia, exerceram nas ruas o direito de manifestação mostrando a sua indignação. E foi o que se viu: repreensão policial e a Frelimo, perante estes eventos, a assobiar para o lado.
Não existe desprezo maior do que o voto da população ser entregue a estranhos!
O que fazer então? Deixar que Moçambique continue nas mãos da mesma quadrilha? O Presidente da República, o que anda a falar de combate à corrupção, não é, de todo, limpo no escândalo das dívidas ocultas que empurrou Mutota à cadeia. Quer dizer, veneramos bandidos. Aceitamos que ladrões dȇem ordens a quem nunca roubou nada. E está tudo feliz!
Moçambique não pode caminhar sozinho, porque Moçambique somos todos nós, o povo. Portanto, é um erro grave deixar que seja a Renamo ou o MDM a escorraçar os que estão aboletados no poder. E se cometermos os mesmos erros? Que garantias temos de que a Renamo, por exemplo, estando no poder há-de fazer tudo à contento do popular?
Moçambique não é de partidos políticos. É dos moçambicanos. Portanto, temos de ser nós a lutar pelo que é nosso. Uma luta como esta não se delega. Um sonho ninguém te dá na mão. É preciso ir buscar, custe o que custar.
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