O Vice-Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Fernando Mazanga denunciou nesta quarta-feira (22.11) em Maputo durante uma conferência de imprensa, a existência de “gangs” na organização que tem criado a actual situação que se vive no País, depois das eleições de 11 de outubro.
Mazanga revelou que um grupo de vogais da CNE enviou para o Conselho Constitucional (CNE) editais falsificados que caso aquele organismo não venha a prestar atenção poderá decidir com base nos mesmos. O dirigente garantiu que a acção é feita por algumas pessoas que quando pretende-se debater os problemas que apoquentam a Instituição “usam a ditador do voto”.
Segundo Fernando Mazanga, o actual modelo de funcionamento da CNE/STAE já provou que não é funcional, cabendo a quem tem o poder de legislar reformar o mesmo, uma vez que todos os conflitos recentes que ocorrem no País têm sido causados devido ao funcionamento dos órgãos eleitorais. Acrescentando, Mazanga defendeu que chegou a hora dos órgãos eleitorais serem despartidarizados e profissionalizados, porque o País, não pode continuar refém dos interesses de um grupo minoritário.
Questionado sobre que posicionamento tomariam caso o CC venha aprovar os resultados eleitorais com base nos editais submetidos às escondidas, Mazanga disse que continuariam a denunciar as irregularidades, mas que qualquer decisão “não caberia a ele adiantar”, remetendo para o Partido Renamo, que conforme avançou possui uma estrutura e órgãos com o poder para tomar decisões e os caminhos a seguir.
INTEGRITY – 22.11.2023