A Frelimo chegou a um estágio em que, se não se reinventar, corre o risco de implodir por dentro. A Frelimo nunca esteve na situação em que se encontra hoje. É vista com desconfiança por muitos. Até por alguns dos seus destacados membros. Há indivíduos lúcidos no partido!
O partido, que diz ter ganho em 64 das 65 autarquias, em condições normais, noutros tempos, devia ter saído à rua para comemorar, para se exibir. Mas acanha-se, titubeia. Fá-lo porque sabe que o povo abandonou o partido. A Frelimo de hoje é como se fosse um cão vadio, sujo, cheio de feridas, aquele que até os mais cautelosos têm vontade de o apedrejar.
Nunca o povo desafiou tanto a Frelimo como a tem desafiado agora. Quer dizer, até no “chapa” as pessoas escondem que são membros da Frelimo. Se alguém, nos dias de hoje, desfila com uma camiseta da Frelimo em lugares populosos como mercado Xipamanine ou Estrela Vermelha, corre sérios riscos de ser linchado.
Nunca soou tão mal pronunciar o nome Frelimo como agora. Até na Assembleia da República o partido é deixado a falar sozinho. Os ministros deste Governo esquisito vão lá e dizem o que dizem para serem ovacionados só pela bancada da Frelimo. A oposição ausente. Quer dizer, aquilo é como se fosse, também, uma reunião da Comissão Política da Frelimo.
Mas a culpa é de Filipe Nyusi. Deixou-se rodear por infiltrados (também não tem e nunca terá capacidade para dirigir uma organização política como a Frelimo. Minguam-lhe dotes como pensar). Os que estão hoje próximo do poder não são seus amigos. São interesseiros. Procuram tacho. São capazes de tudo para atingirem os seus objectivos. Não existe nenhum partido no mundo capaz de reunir tanto consenso. Ganhar eleições autárquicas em todos os municípios? É mentira! Talvez na Coreia do Norte ou no Zimbabwe.
A Frelimo perdeu os seus valores- se é que um dia os teve. Passou a ser um grupo de mafiosos, de gângsteres. Como é que um Celso Correia acaba sendo um estratega da Frelimo? Desde quando o Celso Correia pensa? Afinal ele não está em processo de hominização?
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