Não são os únicos na Frelimo, mas estes senhores são representantes do oportunismo e do apego irracional ao poder. São as caras da nossa miséria política. Da nossa mediocridade. Não respeitam nenhuma ética- aliás, existe algum quadro ético na Frelimo? O importante é o poder. Mesmo que isso custe a nossa pobreza, o nosso subdesenvolvimento, a nossa vergonha. Para eles basta o poder!
O problema é: o que fazer com estes e tantos outros senhores como estes que pululam na nossa política? Podemos apedrejar agora o Bispo Matsinhe, mas ele não está sozinho. É mais uma ferramenta na grande engrenagem política que nos envergonha. Quem, dos dinossauros da Frelimo, já apareceu publicamente para criticar o oportunismo barato do seu partido? Até Joaquim Chissano, que muitos o consideram moderado, não diz nada. Mesmo dentro do partido. Graça Machel e o seu filho Samito, que ousaram dizer qualquer coisa, foram, de certa forma, achincalhados publicamente pelos seus próprios camaradas. Até na Igreja Universal os pastores se rebelam!
Podem existir alas dentro da Frelimo, mas quando a questão é a ameaça do seu poder, juntam-se, fazem de tudo para que esse poder não se lhes escape. São uma vergonha. Todos eles. Sem excepção. Desde 1975 que a Frelimo tem o poder. O que faz com ele? Enriquece sozinha. Rouba o povo. Atrasa o País de todos nós. Nomes da nossa vergonha trocam-se: existiram os Nyimpines, os Ndambis e Mussumbulucos, agora reinam os Florindos. E sempre será assim. Se Celso Correia, por exemplo, for ao poder, haverá Celsinhos e quejandos.
A questão é: até quando, como povo, estamos dispostos a suportar isso? Não é hora de o povo arrancar o poder e escolher um seu representante digno para o dirigir? Voltamos a repetir: ao ponto em que chegamos, para endireitar Moçambique não depende de partidos políticos, depende do povo. O povo tem que começar a pensar em si. Não existe nenhum Messias!
(Justiça Nacional, siga-nos no Facebook)