O que vai acontecer se o Conselho Constitucional (CC) anunciar a Frelimo como vencedora em 64 autarquias? Aqui vai o nosso palpite: pode haver uma rebelião, de proporções nunca antes vistas. Pode-se, até, adiar as festas do Natal e fim-de-ano. A situação não está nada boa. Há uma rebelião no ar. Todos os ingredientes para ela estourar estão lá. Tudo depende do CC.
Não estamos a dizer que o CC deve decidir a favor da Renamo. Estamos a dizer que o povo espera que haja justiça, sem truques e nem favorecimentos. Apenas justiça! Os que marcham todos os dias nas capitais provinciais, fazendo-se justiça, não terão mais o porquê de marchar.
Mas uma nódoa fica: a Frelimo terá que usar um fato-macaco para limpa-la. Os camaradas afugentaram o povo. Mostraram de forma inequívoca que o seu interesse é o poder. São capazes de tudo para manter o poder. Ter o poder nas mãos é, para a Frelimo, muito importante do que desenvolver Moçambique, cuidar do povo. E o povo percebeu isso.
Nunca a capital do País esteve ameaçada pela oposição. O voto que consagrou a Renamo, segundo os editais que este partido tem às mãos, como vencedora em Maputo, foi o voto da revolta, do basta. Foi o cartão vermelho para a Frelimo que sempre prometeu mas nunca fez nada. Nada mesmo. Maputo é, provavelmente, um dos municípios muito mal geridos de Moçambique. A cidade é uma vergonha. Em todos os aspectos.
Falta muito pouco para as eleições legislativas e presidenciais. A Frelimo, se jogar limpo, vai precisar de um milagre para vencer essa corrida. E milagres em política são raros. Portanto, vai precisar de uma abordagem diferente, bem estudada. Desde a escolha do próprio candidato. Nunca o Celso Correia. Nunca mesmo…
PS: Não se entende porquê até agora o Bispo Carlos Matsinhe ainda não foi demitido do cargo de presidente da CNE. Quem quer que um árbitro corrupto continue apitando os seus jogos? Quem o pagou, é claro!
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