Os Moçambicanos e o Partido RENAMO, tomaram conhecimento que a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Verónica Nataniel Macamo Dlhovo, convidou os Chefes das Missões Diplomáticas e Representantes das Organizações Internacionais para uma reunião no dia 22 de Novembro de 2023, portanto amanhã, tendo como objectivo, partilhar informação sobre as Sextas eleições autárquicas realizadas no dia 11 de Outubro de 2023.
Relativamente a este encontro é entendimento do Partido RENAMO não ser oportuno, pertinente e ético e pode representar um autêntico conflito de interesses tendo em conta que a Ministra Dos Négocios Estrangeiros é membro da Comissão Politica e Mandatária Nacional do Partido Frelimo que manipulou as eleições autárquicas que afirmou muito recentemente de viva-voz que a Frelimo trabalhou muito para ganhar as mesmas.
Por conseguinte, torna-se pertinenete questionar em que qualidade a Sra. Verónica Macamo convida os Chefes das Missões Diplomáticas e Representantes das Organizações Internacionais sabido que o Partido Frelimo da qual ela faz parte é um concorrente que tudo faz para manipular a verdade eleitoral e a opinião Pública.
A escassas horas do anúncio da validação dos resultados pelo Conselho Constituicional continua a ser interesse dos Moçambicanos e dos parceiros de cooperação internacional saber:
Porque que o recenseamento eleitoral que antecedeu a votação de 11 de Outubro ocorreu a calada da noite e em casa dos Secretarios dos grupos dinamizadores?
Porque o recenseamento em muitas regiões ocorreu fora do raio autárquico?
Quem extraviou os Mobiles e para que fins?
Porque depois do recenseamento eleitoral o partido Frelimo promoveu uma campanha de recolha de cartões de eleitores?
Quem ordenou o uso excessivo e abusvos das Forças de Defesa e Segurança no acto de votação e no apuramento parcial de votos nas mesas?
Quem ordenou a PRM para retirar compulsivamente muitos dos delegados de candidatura dos partidos da oposição?
Porque grande parte dos Presidentes das mesas de votação foram instruidos para não entregarem Actas e Editais aos delegados de candidatura?
Quem ordenou o apagão da corrente eletrica em grande parte das Assembleias de voto?
Quem ordenou a interrupção da contagem de votos do apuramento parcial em algumas Assembleias de Voto?
Qual é a proveniência de Actas e Editais rasuradas e falsas que dão vitória a Frelimo em 64 autarquias?
Porque a Polícia de Moçambique está sendo usada para proibir e matar Moçambicanos que participam em marchas pacificas?
É nossa expectativa e dos Moçambicanos ouvir da Sra. Ministra o diagnóstico real do clima político instalado em Moçambique depois da mega fraude protagonizada pelo seu Partido e que soluções para restabelecer a paz e harmonia social.
Nestes termos a RENAMO entende que a não serem vertidos os esclarecimentos a estas preocupações que inquietam os Moçambicanos nesta aludida reunião que Sra. Verónica Macamo pretende promover com os Chefes das Missões Diplomáticas e Representantes das Organizações Internacionais consubstancia uma velada intimidação no sentido desses não se pronunciarem ou emitirem opinião relativa ao processo eleitoral manifestamente fraudulento jamais visto na história da Democracia em Moçambique.
Apelamos ao Corpo Diplomático e aos Representantes das Organizações Internacionais a não se associarem qualquer tentativa de desvirtuar a verdade eleitoral expressa pelo povo Moçambicano nas urnas pois como dizia o saudoso Presidente Dhlakama não pode haver uma Democracia europeia e outra africana.
A RENAMO e o povo Moçambicano agradecem todo o apoio que tem recebido da Comunidade Internacional para fortalecer o nosso Estado de Direito Democrático e aguarda um posicionamento claro e enérgico das Missões Diplomáticas em Moçambique face as eleições fraudulentas de 11 de outubro e as mortes causadas pela Polícia da República de Moçambique.
Concluindo, esperamos que da mesma forma que o comunicado da convocação desta reunião foi público, também esperamos que a Acta resultante desta reunião seja pública para que os Moçambicanos sendo os maiores interessados deste processo conheçam as respostas destas inquietações que mergulham o País numa situação de caos social.
Os moçambicanos e a RENAMO querem tão somente a verdade eleitoral expressa nas urnas no dia 11 de outubro do ano corrente. (COMUNICADO)