É um caso que está a agitar os deslocados no distrito de Palma, as Organizações Não-Governamentais (ONG), a Administração do distrito e o próprio Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Palma.
Tudo porque o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) estabelecia que no âmbito do retorno a estabilidade naquela região, numa primeira fase 100 famílias retornadas iriam receber telemóveis da marca ITEL digital, sucede que deste grupo, receberam apenas 50 famílias e igual número de telemóveis, e as restantes que se encontravam ausentes não receberam tendo o Comando Distrital da PRM em Palma assumido a responsabilidade de conservar os telemóveis.
Sucede que as famílias previamente seleccionadas regressaram ao distrito e ontem, sexta-feira (03.11) esperava-se que recebessem os telemóveis. Quando contactado o Comando Distrital da PRM em Palma, o mesmo dizem que já não existia nenhum telemóvel, ou seja, havia sido dado outro destino. A situação acabou criando problemas institucionais, uma vez que o doador pretendia terminar está fase para que se selecione um outro grupo de beneficiários.
Entretanto, “Integrity” procurou ouvir o Comando Distrital da PRM, o Governo Distrital e o Porta-voz da PRM em Cabo Delgado, mas debalde! Deixando em aberto para qualquer reacção caso assim queiram.
No entanto, uma situação similar vive-se no distrito de Mocímboa da Praia, onde a mesma organização “cabeceada em Palma pela PRM”, decidiu que pretende apoiar os agentes económicos locais para revitalizar os seus negócios. Estranhamente, as autoridades governamentais ao nível provincial avançaram que o valor deve ser canalizado ao Governo e este por sua vez faria chegar aos agentes económicos, portanto, a tal pretensão foi refutada pelos agentes económicos que dizem que o dinheiro nunca chegará ao destino se a via for esta. (O.O.)