Trata-se de funcionários afectos ao sector da Educação no Distrito de Gurué a norte da Zambézia, que terminaram o seu vínculo com o Estado, por terem cumprido os 35 anos de trabalho público e que agora, aguardam a sua anexação a lista dos reformados, mas que desde setembro do ano passado, após a ginástica verificada na actualização da Tabela Salarial Única, vulgo TSU, os seus ordenados, vem oscilando mensalmente nas contas.
À “Integrity”, sabe que com a primeira leva de actualização da TSU, alguns destes, que estão na categoria de N1 e desligados com estatuto de chefia, auferiam acima de 100 mil meticais por mês. Porém, para a surpresa de todos, meses subsequentes o valor começou a conhecer recuo, tendo chegado actualmente a menos de 27 mil meticais ao mês, facto que segundo um documento de reclamação submetido ao Governo pelos visados, “é uma acção de má-fé, protagonizada pelos cabecilhas do sector que superintendem a repartição dos Recursos Humanos.”
Devido a sua insatisfação com a situação, este grupo de funcionários desligados das suas actividades no Aparelho do Estado – AE, recorreram sem sucessos até aqui, ao Governo do Distrito de Gurué, Governo Provincial, Secretária do Estado e ao Governo Central.
“Este nosso dinheiro alguém está a comer. É nosso por direito, já trabalhamos e alguns dos desligados até já fizeram mais de 40 anos ao serviço do Estado. Na hora de descansar também sofrermos?” Lamentaram para depois afirmarem que “isso está a acontecer apenas no sector da educação na província e para alguns de nós os desligados, porquê? Alguma injustiça aí”, consideraram.
INTEGRITY – 16.11.2023