O Presidente da República ficou sem argumentos hoje. Estava embaraçado. As cantigas da Renamo a vaiarem-lhe. E com razão. E acabou dizendo que o ano 2023 foi de desafios, mas Moçambique criou bases sólidas para crescer, nos anos que se seguem, como um País competitivo sustentável e inclusivo.
Isto tudo é mentira. Ou melhor: mesmo ele não acredita no que disse. Arranjou qualquer coisa e disse. E se fosse permitido fazer perguntas ao Presidente, depois do informe, as nossas seriam estas: como é que Moçambique há-de crescer nos próximos anos se a semente para isso não foi lançada? Ou o Presidente acha que roubar votos, ludibriar a justiça para não responder no caso das dívidas ocultas, por exemplo, é alguma semente?
É alguma semente mandar a CNE fazer o que fez? É sustentável mandar o Conselho Constitucional dizer o que disse? Na verdade, afinal, quem ganhou? Fica feliz em ver os moçambicanos a continuar com o “My Love” (se houver), enquanto o Florindo passeia em máquinas? Não está preocupado com os que andam a matar jornalistas e tantas outras pessoas só porque pensam diferente? Quanta população activa está desempregada neste País? Desculpa-nos a linguagem, mas a qualidade do ensino está uma porcaria. Como é que o País cresce com uma educação precária? Os médicos, enfermeiros, professores e outros profissionais andam em greve ou a ameaçarem iniciar uma. É isto crescimento? Quantas estradas o seu Governo construiu? Quantos autocarros comprou? Quantos empregos criou? Que legado o seu Governo há-de deixar aos moçambicanos?
Por enquanto é só isto…
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