Antes de viajar para Moçambique, a ministra Katja Keul afirmou que quer encontrar-se com "trabalhadores contratados que viveram e trabalharam na Alemanha". Consequências da crise climática também estão na sua agenda.
"É importante para mim, durante a minha estadia em Moçambique, encontrar antigos trabalhadores contratados que viveram e trabalharam na Alemanha até à queda do comunismo, com base num acordo entre o seu país e a RDA. As suas biografias são uma parte essencial das relações germano-moçambicanas", referiu a ministra de Estado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Katja Keul, numa nota de imprensa com data de domingo (03.12).
A governante viaja esta segunda-feira (04.12) para Moçambique, onde permanecerá até 7 de dezembro. A política reunir-se-á com representantes do Governo e do Parlamento em Maputo, e trocará opiniões sobre a evolução política e social em Moçambique.
Está também prevista uma conversa com antigos trabalhadores contratados em Maputo. O programa inclui ainda encontros com representantes da sociedade civil e organizações não governamentais, bem como uma visita ao fornecedor nacional de eletricidade, a Electricidade de Moçambique (EDM), o parceiro mais importante na cooperação alemã com o setor energético.
A Ministra de Estado terá também a oportunidade de conversar com representantes da missão de formação da União Europeia, a EUTM, que trabalham juntamente com as forças armadas moçambicanas, com o intuito de conhecer melhor a situação de segurança na província de Cabo Ministra Katja Keul quer conhecer no terreno a situação que se vive em Cabo DelgadoFoto: DW/A. Chissale
Lá Katja Keul reunir-se-á com representantes da administração local e com as tropas estrangeiras destacadas para proteger a população local.
"O Ministério Federal dos Negócios Estrangeiros apoia as Nações Unidas nos seus esforços para estabilizar a região. Durante a minha viagem, gostaria de falar com representantes da missão de formação da UE e outros especialistas, bem como com representantes locais, sobre a situação de segurança e as possibilidades de estabilização da região", frisou.
"Moçambique é um país prioritário para a nossa cooperação para o desenvolvimento e um parceiro importante no combate às alterações climáticas. Moçambique já é gravemente afetado pelas consequências da crise climática e tem enfrentado cada vez mais desastres naturais, como inundações e furacões, nos últimos anos. Recordamos, por exemplo, o ciclone Freddy, em março deste ano, que atingiu o sudeste de África com consequências devastadoras", afirmou.
"Queremos, portanto, trabalhar em estreita colaboração com Moçambique na luta contra as consequências da crise climática", concluiu.
DW – 04.12.2023