Sabiam que neste País um oficial da Polícia manda mais que um juiz? Vamos explicar. Ontem, à tarde, Ludovina da Conceição, juíza de instrução do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, mandou soltar o presumível assassino do jornalista João Chamusse, por entender não haver prova robusta para o manter preso. Saiu mediante Termo de Identidade e Residência.
No mesmo dia, antes da meia noite, o mesmo individuo voltou a ser preso pela Polícia ainda sobre os mesmos factos. Quem deu a ordem para a sua prisão é um oficial qualquer da Polícia. E foi sem mandado de captura. Quer dizer, a Polícia, pontapeando ordens do tribunal, foi buscar de novo o individuo e à noite. Agora está no Comando da PRM da Cidade de Maputo.
E o que alega a Polícia? Quando bateu a porta em casa do suspeito, daquele jeito agressivo característico da nossa PRM, disse ao suspeito que não é camponês conforme se intitula, ele vende telefones roubados na rua e só saiu em liberdade porque subornou a juíza. Tudo fabricado.
Está mais do que claro que João Chamusse foi assassinado pela Frelimo. O que agora se está a fazer é tentar arranjar um bode-expiatório. E muito provavelmente, quando o suspeito voltar a ser presente ao juiz de instrução, já não será a Ludovina Conceição. Há-de se arranjar um outro que ao invés de analisar o processo, fará o que o chefe mandar.
Merda de País!
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