Uma opinião de Dinis Tivane
Na electrizante estória de pretensão para a ascensão dos ratos, conta-se que, cansados de serem o que calava o ronco estomacal do gato, decidem engendrar um plano para imobilizar o felino, atando suas patas, aproveitando seu adormecer de exausto de se enfastiar dos roedores. O plano perfeito elaborou-se até emperrar na parte de se nomear, “quem iria se aproximar do gato e usar a corda para atar suas patas”, de modo que, mal ele acordasse, caísse e não mais comesse os ratos? Se animados estavam com a possibilidade de não mais serem o centro da degustação do gato, mais aterrorizados ficaram quando, afinal, se aperceberam que só poderia haver sucesso no plano se surgisse um corajoso, um herói que se atrevesse a ficar a milímetros das aguçadas garras do gato e atá-las, para dali, fazerem suas exigências, uma delas pôr o guiso.
E olha… nunca surgiu esse magnu… é por isso que, até hoje, gatos refastelam-se, abusadamente, das proteínas da carne ratal e, nestes orelhudos, só cresce, dia após dia, o pavor de saberem que Deus não extinguiu o animal que mia.
Esta história de ninar surge do facto de que, várias instituições que se supõe serem nobres, correm o risco de, a breve trecho, se tornarem em húmidas e fedorentas tocas de ratos apavorados com a ideia de executarem um plano legítimo de justiça, de ordem, de legalidade… Se gatos eivados de decadente soberba, destemidos e presunçosos de que mal algum os acometerá, seja disfarçados de Venerandas Juízas, de Bispos, ou de Ministros, estão a adentrar-se em honradas instituições e a provocar a derrocada de valores. A moral torta e a perversão, estão a vencer. Por outro lado, várias instituições, apareceram e mostraram, em uníssono que sabem o que está certo e errado, todavia, falta o derradeiro passo, que ninguém, de tanto medo, até hoje, o deu. Se um dos potenciais ratos-mor, porque pouco aparece à luz, o Tribunal Supremo, foi à STV [vejam que não foi à TVM] dizer que Lúcia Ribeiro e seus pares equivocaram-se, não deixou de ser um coro harmónico ver a Ordem dos Advogados sucedê-los, que, aliás, já haviam sido antecipados pela Associação Moçambicana dos Juízes [no podcast do CIP], ou pelo meio, o não menos prestigiado Caldeira, ladear-se do opinion maker, Ercino de Salema e rimarem com os demais. Mas, a questão que os pode tornar, todos, ratos é: “Quem, de facto, vai falar com o Presidente da República e pôr o guiso, uma vez que a Lei é clara e, nitidamente, quem a violou foi o Conselho Constitucional?
Quando uma eminência como o Pedro Nhatitima aparece, em nome do TS, de forma decidida e diz “se assim continuar, preferimos, como tribunais, ficar de fora, pois temos muito que fazer e não sermos relegados ao indecente trabalho de pombos-correio”, tal não assusta ao gato. O rato não faz estremecer um gato só por rosnar. É preciso mais. Tão fácil é ser soberano para dar sentenças à pessoas e entidades, niveladas abaixo da sua força institucional. Agora é que é momento de evitar o colapso, pois, como já se viu, os gatos não tiveram freio moral para saírem das latas de lixo e assaltarem o poder, espezinhando até os tribunais. Bispos untaram suas batinas de urina e fezes e, de cara lavada, leram resultados inexistentes. Miúdos como Rasaque e Parruque, estão a esfregar as mãos para assaltarem o poder e eternizarão os moçambicanos como meros ratos. Então, e o TS? E a AMJ? E OAM? A OAM só consegue dizer “a OAM, (…), está em condições de liderar ou participar numa profunda reflexão dos caminhos a serem seguidos”… Só isso!?? Não consegue ir bater à parta da Presidência porquê?
É claro de Teodoro Waty disse, ao Canal de Moçambique, que “o PR está atento a todos acontecimentos”, todavia, é preciso que não se operacionalize a decadência, ainda que já esteja proclamada ou, à força, os tribunais, já daqui há 10 meses, serão, novamente enxovalhados pela Lulú e o Nhatitima continuará, a murmurar nas televisões. Senhores, “quem pode colocar fim a isto é o Presidente da República e ele, só o fará, se um Rato, suficientemente, bravo o enfrentar…” Têm medo? Se vocês tiverem, imaginem nós, Zés-Ninguém?!!!!!
Dinis Tivane